Justiça concede regime semiaberto para Sargento Alex

Condenado a 16 anos por crimes de extermínio, Alex Fernandes de Barros agora deve apenas dormir na penitenciária Antônio Amaro Alves


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Sargento Alex, durante julgamento do "Caso Baiano", no dia 9 de novembro do ano passado; neste, ele foi absolvido (Foto: Assessoria/TJAC)
A Vara de Execuções Penais, do Fórum Barão do Rio Branco, expediu a progressão de pena ao sargento Alex Fernandes de Barros, o “Sargento Alex”, sentenciado a 16 anos de prisão por crimes atribuídos ao Esquadrão da Morte, que imperou no Acre no final dos anos 80, sob o comando do coronel da Polícia Militar, Hildebrando Pascoal.

Alex, que segundo a Procuradoria da República do Distrito Federal, era tido como o principal auxiliar de Pascoal no comando do grupo, cumpria pena no presídio de segurança máxima Antônio Amaro Alves.

O despacho, da juíza titular da Vara de Execuções Penais, Maha Manasfi e Manasfi, foi expedido no final da manhã concede o direito de Alex a passar o dia fora do presídio, tendo que se recolher na parte da noite.

No entanto, concede sete dias, a contar desta quarta-feira, para que fique com saída temporária e sem escolta.

Alex só deverá retornar para Unidade de Regime Semiaberto, até as 19 horas da próxima terça-feira, 16.

Para que possa usufruir do regime semiaberto, a juíza Maha Manasfi impôs algumas condições previstas no Código Penal para esta modalidade. Elas são a de fornecer o endereço atualizado nesta data, recolher-se a sua residência até 19 horas, não frequentar lugares onde haja o consumo ou venda de bebidas alcoólicas, não possuir arma de fogo e não portar qualquer tipo de arma ou instrumentos que possam ofender a integridade física de outrem, além de não se ausentar de Rio Branco sem autorização judicial, e permanecer no endereço confirmado.

A última vez que Alex havia sentado no banco dos réus foi há exatamente um ano, em 9 de novembro do ano passado, quando ele foi julgado pela morte do caminhoneiro Agilson Firmino dos Santos, o Baiano. Na ocasião, foi absolvido com outro acusado, Adão Libório.

No mesmo julgamento, Hildebrando Pascoal foi condenado a 18 anos de prisão, por homicídio qualificado e outros crimes previstos no Código Penal.

Polícia prende homem que invadiu casa de promotor em Senador Guiomard

Jackson de Oliveira Cardoso, 18, teve ajuda de dois menores

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Jackson de Oliveira Cardoso confessou ter feito os furtos com o auxílio de outros dois menores (Foto: Gleyciano Rodrigues/Agazeta.net)
A Polícia Civil de Senador Guiomard (distante 25 quilômetros de Rio Branco) prendeu Jackson de Oliveira Cardoso, 18 anos, acusado de ter arrombado a casa do promotor de Justiça Wendy Takao Honano, titular da promotoria do Ministério Público do Estado do Acre.

O crime aconteceu no último dia 8 deste mês, quando ele entrou na casa com o auxílio de outros dois menores, um de 14 e outro de 15 anos.

Uma investigação do policial civil J. Araújo e de policiais militares chegou aos indivíduos. Foram recuperados alguns pertences pessoais da família do promotor, embora não tenham sido recuperadas várias jóias.

O que mais indignou o promotor, no entanto, teria sido a tentativa de matar o seu cãozinho a terçadada

Marina Silva é a única liderança política no Acre que não está sendo investigada, diz PF

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A senadora Marina Silva (PV-AC), terceira colocada com quase 20 milhões de votos na disputa presidencial, é a única liderança política de expressão no Acre que não está sendo investigada por supostos crimes eleitorais no Estado, especialmente o de compra de votos.

- Eu posso antecipar que não existe nenhum procedimento instaurado até agora que vise investigar a conduta da senadora Marina Silva. Não existe nenhuma investigação em curso contra Marina Silva. Isso eu posso afirmar - declara em entrevista exclusiva ao Blog da Amazônia o superintende da Polícia Federal no Acre, José Carlos Calazane.

Ações de combate aos crimes eleitorais no Acre chamaram a atenção do País nos últimos dois meses. A evangélica Antônia Lúcia (PSC), candidata eleita deputada federal, foi flagrada ao transportar do Amazonas para o Acre R$ 472 mil dentro de uma caixa de papelão.

Boa parte das provas do inquérito que resultou em pedido de cassação da candidata eleita, inclusive o flagrante do transporte de dinheiro para o “caixa-dois” da campanha, foram obtidas a partir de interceptação telefônica autorizada judicialmente.

Os escritórios do senador Tião Viana (PT), governador eleito do Acre, e do irmão dele, o ex-governador Jorge Viana (PT), senador eleito, foram alvos de mandados de busca e apreensão. A mesma ofensiva contra crimes eleitorais atingiu empreiteiras e repartições públicas na Assembléia Legislativa, governo estadual e prefeitura de Rio Branco.

As ações culminaram com Arnete Guimarães renunciando ao cargo de juíza do Tribunal Regional Eleitoral do Acre, após ter sido filmada e fotografada em visita ao apartamento da engenheira Dolores Nietto, mulher de Jorge Viana (PT).

Na véspera do primeiro turno, quando foram apreendidos dois laptops, três discos rígidos e cinco pen drives de Jorge Viana, a então juíza determinou a devolução do material e a destruição de toda e qualquer informação já copiada ou espelhada, o que não ocorreu por força do Conselho Nacional de Justiça e do Tribunal Superior Eleitoral.

Todas as ações de combate aos crimes eleitorais, principalmente o de compra de votos, envolveram o Ministério Público Eleitoral, a Justiça Eleitoral e foram precedidas por meticulosas investigações da Polícia Federal.

A superintendência da Polícia Federal no Acre é ocupada há um ano e meio pelo gaúcho José Carlos Calazane, 47 anos, que se manifesta pela primeira vez sobre as investigações que têm como foco as principais lideranças da política estadual.

Veja a entrevista na íntegra:

Qual a sua explicação para a visibilidade alcançada neste ano pela Polícia Federal do Acre no combate aos crimes eleitorais?

A sociedade tem reconhecido esse esforço da Polícia Federal e nós reputamos isso a uma série de fatores, dentre os quais devo destacar o trabalho em parceria. A Polícia Federal sozinha não teria condições de realizar nada do que realizou. Nós trabalhamos em parceria com a Justiça Eleitoral e com o Ministério Público Eleitoral. Tivemos sincronia no Estado inteiro e não apenas em Rio Branco, a capital.

Por que antes não a sociedade não tinha percepção de que as eleições no Acre estavam sendo acompanhadas e os crimes sendo investigados? O que mudou?
Sinceramente, não sei lhe responder. Particularmente, não estava aqui em pleitos anteriores. Só posso me manifestar em relação a este pleito em que estamos à frente da superintendência no Acre. Não sei o que ocorreu em outros anos e não tenho como avaliar essa situação. O que posso dizer é que neste ano houve perfeita sintonia entre todos os órgão intervenientes que atuam contra crimes eleitorais, além de um incremento do efetivo da própria Polícia Federal, que realizou o trabalho de inteligência que antecedeu a todas as ações. Nada disso teria acontecido sem a perfeita sincronia com o Ministério Público Eleitoral e com a Justiça Eleitoral.

A Polícia Federal às vezes se vale de denúncias anônimas para investigar um crime. Isso desqualifica o trabalho dela, como alguns políticos no Acre estão alegando em relação aos crimes eleitorais?

De forma alguma. O procedimento de investigações com base em denúncias anônimas, através do Disque-Denúncia Eleitoral, foi utilizado corriqueiramente para algumas ações da Policia Federal, a qual, após a feitura de triagem dessas informações, atuava. E muitas delas ensejaram várias investigações de relevância. Não podemos, obviamente, estarmos adstritos apenas às informações anônimas para atuar, mas também não podemos desencorajar a população, que muitas vezes quer contribuir com a alguma denúncia, mas, por receio, não quer aparecer. Não podemos desprezar e desmotivar essa rica fonte de informação.

Embora as investigações que envolvem políticos e empreiteiros do Acre em supostos crimes eleitorais estejam sob sigilo, o senhor admite que é realmente grave o que foi apurado até agora?

Não gosto de fazer juízo de valor nem de gradação. Para mim não existe crime mais ou menos grave. Todo tipo de crime tem seu potencial ofensivo contra a sociedade e nós temos o dever de reprimi-los de forma equânime. O que nós temos são investigações ainda em andamento, muitas delas realmente em segredo de justiça e por isso nós não podemos nos manifestar nem adiantar a respeito. Existem procedimentos instaurados com vistas a coibir crimes eleitorais ainda em andamento, mas não podemos divulgar os nomes dos envolvidos.

Como os político e empresas operam no Estado?

O crime eleitoral tem o cunho de passar por uma série de condutas que levam um candidato, em tese, de forma ilícita, a ser alçado a um cargo eletivo no qual ele vai representar uma comunidade. Como ele tem que angariar os votos? De forma lícita, claro, com poder de convencimento, da apresentação de argumentos, de propostas e de plano de governo. Acontece que muitas vezes são alçados candidatos que se utilizam do poder econômico ou político para a compra de votos. A Justiça Eleitoral, o Ministério Público Eleitoral e a Polícia Eleitoral existem para coibir isso. A apuração desses delitos é o que está sendo feito, para cada implicado responda perante a Justiça se utilizaram meios ilícitos para conseguir se eleger.

Políticos da oposição, como Antonia Lúcia, e da situação, como o ex-governador Jorge Viana, agora senador eleito, além do senador Tião Viana, governador eleito do Acre, já criticaram duramente o envolvimento deles na apuração de crimes eleitorais no Estado. A Polícia Federal tem exorbitado?

Não. Nós encaramos todas essas críticas com muita naturalidade. A Polícia Federal atua no País inteiro de modo uniforme. Como bem dizia o nosso ex-ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, a Polícia Federal não persegue os inimigos nem protege os amigos. Aqui no Acre não tem sido diferente. Tivemos uma atuação que teve como investigados membros da oposição e da situação. Ninguém pode alegar que esteja havendo perseguição em prol de oposição ou de situação. Nossa ação tem sido uniforme para qualquer tipo de candidato contra o qual pesasse qualquer tipo de informação de que estivesse cometendo delito eleitoral. Nós encaramos com muita naturalidade as críticas por parte dessas pessoas. Nós vamos continuar o nosso trabalho, sempre pautado na lei, que é a quem nós temos que prestar contas sempre. Agir de forma republicana é uma característica da Polícia Federal no País.

Quando a Polícia Federal concluirá essas investigações?

Os prazos dos inquéritos policiais são prorrogáveis. Independente do prazo legal, todas as investigações exigem um prazo específico por causa de análises e perícias dos materiais apreendidos. Isso demanda tempo e enquanto não acontecer esse tipo de trabalho, não poderemos concluir os procedimentos que já estão instaurados. Isso deve acontecer após as oitivas e perícias. A partir disso, o procedimento será concluído e encaminhado à Justiça Eleitoral para que seja dado andamento ao processo.

As investigações contra supostos crimes eleitorais no Acre estão sob segredo de justiça, mas o País sabe que envolvem políticos como Antonia Lúcia, Jorge Viana, Tião Viana e outros. Existe algum político no Estado que o senhor possa asseverar que não está sendo investigado pela Polícia Federal?

Eu posso antecipar que não existe nenhum procedimento instaurado até agora que vise investigar a conduta da senadora Marina Silva. Não existe nenhuma investigação em curso contra Marina Silva. Isso eu posso afirmar.

A experiência acumulada neste pleito gera experiência para que tenhamos no futuro um combate mais duro aos crimes eleitorais no Estado?

Sim, sem dúvida. No próximo pleito, com certeza nossos policiais estarão muito mais treinados e ambientados com essas ações. Vamos esconder a modéstia para afirmar que todas as ações foram feitas de forma muito profissional. Logicamente, existem ainda falhas a ser corrigidas e isso acontecerá no decorrer de cada pleito eleitoral. Cada vez teremos que ter muito mais profissionalismo do que já foi demonstrado até aqui. Mas não posso deixar de afirmar que fizemos tudo de uma forma impecável, sem exposição de quem quer que seja. Não houve, por parte da Polícia Federal, a exposição de nomes de pessoas e empresas. Nós sempre tivemos esse cuidado. Todas as ações se deram de forma impessoal.

Qual será o próximo passo?

Vou antecipar a você uma notícia que ainda estamos comemorando e que eu pretendia anunciar mais adiante. Conseguimos concluir a licitação para construção da nova sede da Polícia Federal no Acre. Era um sonho acalentado por todos. Teremos um prédio moderníssimo, de 10 mil metros quadrados, com cinco pavimentos, heliponto, stand de tiro, garagem subterrânea e auditório com sistema de acústica. O Acre vai receber uma sede com o que há de mais moderno em termos de engenharia, arquitetura e tecnologia. Ainda nesta semana vamos assinar o contrato de construção da sede. Será uma obra de R$ 31 milhões.

O Acre merece isso, pois o Estado está se projetando com a Zona de Processamento de Exportação e com a conclusão da rodovia Interoceânica. A Polícia Federal não pode estar dissociada desse crescimento. Dentro de três anos, nesta tríplice fronteira, teremos uma das sedes da Polícia Federal mais modernas do Brasil. A Superintendendência da Polícia Federal do Acre, que já é considerada uma das mais operacionais do País, vai melhorar ainda mais seu desempenho com essa estrutura e com a vinda de mais policiais. No ano passado, na relação de inquéritos instaurados e relatados, nós do Acre estávamos em penúltimo lugar. Saltamos para o segundo lugar neste ano em termos de rendimento. Demos um salto de qualidade

Ao chegar de Manaus homem fica sem a mala e R$ 12 mil em Cruzeiro do Sul


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Sebastião Araújo de Moura, 61 anos, natural de Manaus (AM) esteve no município de Porto Walter, na viagem de volta para Cruzeiro do Sul afirma que entregou a mala com o dinheiro para o proprietário do barco, a polícia está investigando.

A vítima em desespero procurou a Delegacia Geral de Cruzeiro do Sul para registrar uma ocorrência. Além de ficar sem dinheiro para hospedagem, alimentação e muito menos para pagar a passagem de volta, Sebastião ainda teve todas as roupas furtadas. Os documentos também estavam na mala que de acordo com o relato da vítima, foi entregue ao proprietário do barco.

Sebastião conta que só sentiu falta da mala, quando chegou ao Porto de Cruzeiro do Sul. Ele explicou que os R$ 12 mil seriam gastos na despesa da viagem.

www.tribunadojurua.com - Da redação com informações de Adelcimar Carvalho

Previsão é de frente fria com muita chuva até sexta

Frente deve provocar quedas na temperatura ambiente, mantendo-a abaixo de 27ºC durante o dia e variando entre 17 a 19ºC nos finais das noites de quarta e quinta

O pesquisador meteorológico Davi Friale informou que o Acre deve receber mais uma frente fria bem característica de final de ‘verão’ - com intensidade de moderada a forte - a partir de hoje (10) até a sexta-feira (12). O fenômeno deve trazer fortes ventanias e muitas chuvas em pontos distintos do Estado inteiro, trazendo riscos de destelhamentos, quedas de árvores e de galhos, deslocamento de objetos e de danos às redes elétricas locais.

Além disso, a frente deve provocar quedas na temperatura ambiente, mantendo-a abaixo de 27ºC durante o dia e variando entre 17 a 19ºC nos finais das noites de quarta e quinta.

Ainda de acordo com Friale, após a ocorrência da friagem, o clima do Acre deve voltar a ser bem típico de ‘verão’ a partir do final de semana, com muito sol, calor e poucas probabilidades de chuvas para a próxima semana.

Pianko volta à CPI da Pedofilia disposto a “delatar nomes que armaram mentiras”

Assessor especial dos Povos Indígenas é acusado de abuso de menores índias em aldeias acreanas


Rutemberg Crispim, do Site Agazeta.net

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Francisco Pianko conversa com o secretário Estadual de Direitos Humanos, Henrique Corinto, na chegada à CPI da Pedofilia (Foto: Gleyciano Rodrigues/Agazeta.net)
O líder indígena Francisco Pianko chegou à Assembleia Legislativa do Estado do Acre disposto a se defender das acusações de crimes de pedofilia em aldeias indígenas, delatando o nome das pessoas que “tentam denegrir” a sua imagem.

Caracterizado com trajes tradicionais de sua aldeia, a dos ashanincas, o assessor especial dos Povos Indígenas, do Governo do Estado, afirmou antes de ser interrogado pelos membros da CPI da Pedofilia, que esperava apenas a conclusão das investigações para “revelar os nomes daqueles que estariam armando mentiras contra ele”.

A CPI promove mais uma audiência nesta tarde de quarta-feira, depois de um recesso de alguns meses.

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O depoimento de Pianko na CPI da Pedofilia já começou. E neste momento, o presidente da CPI, deputado Luis Tchê, faz a leitura do Termo de Compromisso que será assinado por Pianko.

Deputados Moisés Diniz (PC do B), Ney Amorin (PT), Donald Fernandes (PSDB), Antônia Sales (PMDB), Walter Prado (PDT), Luis Calixto (PSL) e Edvaldo Magalhães (PC do B) acompanham o depoimento.

Também estão presentes indígenas e familiares de Pianko.

Confira minuto a minuto o que ele está dizendo aos membros da CPI:

"Estou feliz em poder me pronunciar sobre as denúncias. Esse ataque é um ato político irrresponsável por parte de quem fez essa denúncia. Tenho o compromisso de falar exatamente aquilo que vem acontecendo. Da maneira que fizeram essas denúncias não imaginei que teriam capacidade de chegar tão longe".

"Em 2003 fui empossado secretário dos povos indígenas do Acre. Naquele momento havia um movimento indígena importante, mas dali pra frente tudo mudou. Até ali tinha vivido dois momentos importantes: Uma invasão na Funai, quando os índios queriam mudar o adminsitrator. Outro momento foi quando concorri a direção da UNI. Quando assumi o cargo de secretário já havia uma trajetória de conflitos pela minha oposição a esse movimento indígena."

"O convite para ser secretário foi pelo meu trabalho. Na época, enquanto eu, como secretário, buscava melhorias para as comunidades indígenas, alguns ficaram incomodados, pois estavam com problemas de recursos, com dívidas na UNI, de acordo com irregularidades apontadas pelo TCU. Queria, inclusive, mudar o secretário colocando o Sebastião Manchineri. Na verdade eu deixei de atender o interesse de um grupo bastante reduzido. Não atendia pedidos pessoais. O que causou revolta em algumas pessoas".

"Um grupo de pessoas que não foram atendidas como queriam, viram o Governo se relacionar com as comunidades indígenas de outra forma. Ai decidiram fazer as denúncias. Escrevi uma carta que foi divulgada na imprensa. Afirmei que teria interesse que tudo fosse esclarecido. Imagino que esse jogo, essa maneira que foi elaborada e pensanda, foi para me tornar, saísse dessa situação para que eles pudessem assumir a situação".

"Mas como não é uma política minha, pessoal, mas de Governo, o que entendi é que foi um ataque ao um jeito novo de fazer política. Quando soube, através da imprensa, que estava sendo convocado para depor, não recebi orientação para vir. Sabia que a Polícia Federal estava investigando e através do meu advogado fui informado que as investigações estavam encerrando, então, por decisão minha, achei melhor esperar mais um pouco".

"Também era um momento de eleição. Eu esperava que esse processo seria encerrado, para evitar desgaste. Essa é uma oportunidade grande de relatar a verdade. As lideranças indígenas que estão aqui tem suas comunidades e sabem que andei na maioria das terras indígenas. São pessoas que estão sempre ao meu lado, que me procuraram para manifestar apoio".

Primeira parte finalizada: agora ele responde a perguntas. Foram quase 24 minutos de fala do Pianko.

Após as primeiras declarações de Pianko, que duraram cerca de 24 minutos, iniciou a fase de perguntas. O primeiro a perguntar foi o deputado Luiz Calixto (PSL). Respondendo aos questionamento do parlamentar, Pianko disse que deixou de comparecer aos depoimentos por questões de agenda. "Sempre estive à disposição para prestar esclarecimentos", afirmou.

Sobre a demissão do esposo de Letícia Yawanawá, Antônio Apurinã, da Funai, Francisco Pianko disse que não pediu a demissão dele e que o mesmo foi demitido por problemas administrativos.

"A afirmação de falar que minha preferência sexual era com meninas de 12 ou 13 anos, isso é pura mentira. No momento em que a Polícia Federal encerrar o relatório farei acareação com qualquer pessoa. A Polícia ouviu as pessoas e tudo será esclarecido", explicou.

"Tenho segurança do que fiz e do que não fiz. O órgão que está investigando essas denúncias vai trazer a verdade dos fatos", afirma Pianko".

Depoimento de Pianko na CPI será nesta quarta, 10

De acordo com o presidente da CPI, deputado Luis Tchê (PDT), está tudo pronto o depoimento de Pianko

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Francisco Pianko é acusado de crimes contra menores em aldeias (Foto: Arquivo/Agazeta.net)
O depoimento do assessor especial dos povos indígenas do Governo do Estado, Francisco Pianko, na CPI que investiga casos de abuso e exploração sexual contra menores no Acre, confirmado para esta quarta-feira, 10, pode ser "aberto". Membros da Comissão já se manifestaram favorável para que o depoimento seja acompanhado pela imprensa e por populares.

De acordo com o presidente da CPI, deputado Luis Tchê (PDT), está tudo pronto o depoimento de Pianko. Ele não confirmou se a oitiva será "aberta", mas disse que a Comissão está seguindo o que foi planejado.

"O Pianko já assinou a convocação e está tudo pronto para o depoimento. Não sabemos se será aberto ou não. Mas posso adiantar que a CPI está seguindo o planejamento e vamos concluir o relatório até o dia 6 de dezembro", afirmou.

Pianko é acusado de abusar sexualmente de duas índias dentro das próprias aldeias indígenas. As acusações foram feitas à CPI, em agosto de 2009, pela índia Letícia Yawanawá. Ela também revelou que o assessor tentou seduzir outras duas índias menores.

Nascem primeiros filhotes de onça pintada no Parque Chico Mendes

eprodução em cativeiro é rara e só é possível quando se oferece um ambiente que se aproxime de seu habitat natural

Da Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Rio Branco

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Filhote terá o nome escolhido pela população (Foto: Rayele Barbosa/Asscom)
No dia 31 de outubro nasceram os dois primeiros filhotes de onça pintada no Parque Chico Mendes. Aos três anos de idade e entrando em sua maturidade sexual, a onça gerou as suas primeiras crias. Ela foi trazida de Porto Velho e encontra-se abrigada no Parque desde abril. Estes são os primeiros filhotes de onça nascidos em cativeiro no Parque Ambiental Chico Mendes.

O nascimento é de grande importância, uma vez que a reprodução em cativeiro só é possível se o animal encontrar-se em um ambiente que se aproxime de seu habitat natural e apresente condições favoráveis para a gestação. É o caso de Rebeca, a mãe dos filhotes que além de bem adaptada ao cativeiro não teve problemas fisiológicos e nutricionais, o que possibilitou uma reprodução sem qualquer complicação.

Para Paulo Dias, gerente em exercício do Parque Chico Mendes, essa reprodução tem um valor genético e ambiental incalculável, tendo em vista que a onça pintada encontra-se na lista dos animais em extinção. “Geneticamente não tem preço. Todo investimento que é feito ainda é pouco para a questão ambiental e para a questão de animais silvestres”, salientou ele.

Com relação aos nomes dos filhotes, bem como dos demais animais do parque, a população poderá escolher por meio de uma votação. O objetivo é inserir a comunidade na decisão. A identificação dos animais é necessária para que se facilite o controle e o manejo.

As oncinhas permanecerão até pelo menos uns dois meses na área denominada de Cambiamento ou Maternidade, só podendo estar disponíveis para a visitação pública após esse período. Nesse momento, a alimentação delas não precisará de suplementação artificial, pois ela já está sendo suprida pelo aleitamento materno.

Atualmente, o Parque abriga em torno de trezentos animais, sendo eles todos da Amazônia, a saber: a cutia, o veado, o leãozinho da taboca (que é o segundo menor primata do mundo, o menor das Américas), além dos felinos e primatas. No que diz respeito às onças do Parque, com os filhotes elas já totalizam cinco pintadas e duas vermelhas.

Pedido de afastamento de Carlinhos Araújo será votado nesta quarta, 10

A confirmação foi feita pelo presidente da Câmara de Acrelândia, Agrecino Souza; sessão será realizada a partir das 16 horas
Rutemberg Crispim, do site Agazeta.net
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Vereador Agrecino Souza confirmou que afastamento será votado nesta quarta, 10 (Foto: Gleyciano Rodrigues)
O presidente da Câmara de Acrelândia, Agrecino Souza (PT), confirmou que o pedido de afastamento por 90 dias do prefeito Carlinhos Araújo (PSB), será votado nesta quarta-feira, 10. Ele é acusado de participação na morte do ex-presidente da Casa, vereador Fernando da Costa, o "Pinté" e de desvios de recursos do Fundeb.

A confirmação foi feita por Agrecino Souza, nesta terça-feira, 9, durante entrevista ao jornalista Alan Rick, no programa Gazeta Entrevista.

"O pedido de afastamento do Carlinhos Araújo está na pauta. O que aconteceu na última sexta-feira, 5, é que o requerimento foi protocolado minutos antes do início da sessão. Não podíamos votar um assunto tão sério, sem que antes fosse feita uma análise por parte dos vereadores", explicou.

Para Agrecino Souza como já foi decretada a prisão preventiva de Carlinhos Araújo, é possível que a Câmara decida pelo afastamento do prefeito, mesmo sem um amparo na Lei Orgânica do Município.

"Sabemos que não há uma previsão na Lei Orgânica, mas vamos votar o requerimento. Como a prisão preventiva do prefeito já foi decretada, o pedido será colocado para apreciação dos vereadores", disse.

Tempo seco reduz a oferta de boi e acreano paga mais caro pela carne

“Mesmo com a alta, o acreano continua a ter a carne mais barata do Brasil”, diz o secretário Pecuária e Agricultura. Em comparação com São Paulo, a carne do Acre chega a ser 20% mais barata
Fabio Pontes, do jornal A GAZETA
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Rebanho de qualidade faz com que o maior consumidor da carne do Acre seja o sul e o sudeste do País (Foto: Arquivo/A Gazeta)
O tempo seco do ‘verão amazônico’, que afeta as áreas de pastagens, reduziu nos últimos meses a oferta de bois prontos para o abate pelos frigoríficos instalados no Estado. O resultado disso tem sido uma carne mais cara na mesa do consumidor acreano, acostumado a pagar pouco por um dos seus alimentos preferidos, que é a carne vermelha.

“Mesmo com a alta, o acreano continua a ter a carne mais barata do Brasil”, diz o secretário Mauro Ribeiro (Pecuária e Agricultura). Em comparação com São Paulo, a carne do Acre chega a ser 20% mais barata. Enquanto que no Estado paulista o preço da arroba está em torno de R$ 117, no Acre os pecuaristas vendem a arroba por R$ 88.

Outro fator que tem influenciado o aumento no quilo da carne é o potencial da pecuária local. Hoje, cerca de 85% de toda a produção da carne acreana é exportada para outros mercados, entre eles São Paulo e Rio Grande do Sul, estados tradicionais na pecuá-ria de corte.

A produção de carne tem passado por dificuldades não só no Acre. Mato Grosso do Sul, que tem um dos maiores rebanho bovinos do país, também enfrenta crise por conta da falta de chuvas. Os reflexos da influência do clima na pecuária estão nos últimos números do Índice de Preços ao Consumidor, medido pela Fundação Getúlio Vargas.

Os dados mostram que a carne bovina está, em média, 4,98% mais cara. Segundo Mauro Ribeiro, a situação tende a se normalizar com a chegada das primeiras chuvas do ‘inverno amazônico’, o que acaba por devolver o verde dos pastos. A principal diferença da pecuária acreana para a do resto do país está, justamente, no sistema de engorda dos animais, que tem como base principal o próprio pasto.

O sistema tem garantido carne mais saborosa para os consumidores acreanos, que por ano chegam a comer quase 40 quilos, conforme estimativas da Faeac (Federação da Agricultura e Pecuária). Com rebanho que ultrapassa os dois milhões de cabeça de gado, a pecuária do Acre, diz o secretário, tende a despontar como uma das melhores do país.