Evento em Minas deve reunir pela primeira vez pré-candidatos

Evento em Minas deve reunir pela primeira vez pré-candidatos
Os três principais pré-candidatos à Presidência da República nas eleições de outubro são aguardados nesta quinta-feira (6) para participar do 27º Congresso Mineiro dos Municípios, que será realizado nesta tarde em Belo Horizonte. Será a primeira participação conjunta dos políticos em um compromisso desde o começo da pré-campanha.
José Serra (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV) participarão do painel "Autonomia Municipal: realidade ou utopia", que será mediado pelo jornalista da TV Bandeirantes, Fernando Mitre. A presença dos presidenciáveis foi confirmada nesta manhã por seus respectivos assessores.O evento é organizada pela Associação Mineira de Municípios (AMM). De acordo com a assessoria do evento, o painel deve ocorrer a partir das 15h30. Os pré-candidatos responderão quatro perguntas elaboradas pela diretoria da AMM. Ao final, cada um terá 10 minutos para falar livremente.
No evento, a AMM vai entregar aos presidenciáveis um documento cobrando propostas para reduzir a concentração das receitas com a União. A AMM também deve questionar a queda nos últimos nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Mulheres que tiveram bebês trocados querem passar o Dia das Mães juntas


As duas mulheres que tiveram os bebês trocados em uma maternidade de Goiânia pretendem passar o Dia das Mães juntas, neste domingo (9). O local ainda não foi definido por elas, mas ambas disseram ao G1 que não conseguirão ficar longe dos meninos que criaram como filhos biológicos. Elas desfizeram a troca dos bebês na segunda-feira (3).

Queila dos Santos Fagundes, 22 anos, e Elaine Gomes de Oliveira, 28 anos, se tornaram amigas durante a investigação do caso. Apesar da emoção e da dificuldade de adaptação com a troca das crianças, as duas afirmaram que querem manter um convívio saudável entre as duas famílias.

O que passamos é muito triste, mas Deus escolhe os melhores para passar por isso. Ao mesmo tempo que perdemos uma criança, ganhamos uma família. Estamos todos unidos pelos meninos. Meu filho não terá apenas um amigo, ele terá um irmão", disse Queila. "É como se eu tivesse tido filhos gêmeos e eles passassem algum tempo separados. Tenho duas irmãs de sangue e agora ganhei mais uma irmã [Queila]. A família só cresceu", afirmou Elaine.

As duas mães moram em cidades diferentes e a distância entre as duas casas é de aproximadamente 50 quilômetros. Queila mora em Aparecida de Goiânia (GO) e tem mais um filho, de 5 anos. Elaine mora em Terezópolis de Goiás (GO) com outros dois filhos, de 9 e 6 anos. "Não conseguiria ficar longe de uma das crianças no Dia das Mães. Seria muito triste. Hoje, só pensamos no bem-estar dos bebês", disse Elaine. "Mãe tem amor incondicional. Não preciso ser mãe biológica para amar as crianças da mesma forma e com a mesma intensidade", afirmou Queila.
Foi Queila que iniciou a investigação de DNA para apurar a possível troca das crianças. Ela lembrou da primeira data comemorativa que passou com seu filho trocado, no ano passado. "Eu papariquei muito ele no Dia das Mães. Hoje, sinto um pouco de alegria e de tristeza ao mesmo tempo, mas não tenho a sensação de ter perdido algo, de derrota. Me sinto mãe dos dois meninos."
Investigação policial
A polícia concluiu, nesta quarta-feira (5), o inquérito sobre a troca de bebês em Goiânia.
Três técnicas de enfermagem do Hospital Santa Lúcia, onde ocorreu a troca, foram indiciadas por substituição de recém-nascidos. Se condenadas, elas podem pegar de dois a seis anos de reclusão.
De acordo com a delegada Adriana Sauthier Accorsi, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, após o parto, duas funcionárias não fizeram a identificação dos bebês. Na manhã seguinte, outra funcionária colocou as pulseiras aleatoriamente nos recém-nascidos e entregou as crianças às mães erradas.
Ainda segundo Adriana, uma das técnicas de enfermagem envolvidas nesta troca de bebês já respondia na Justiça por outra substituição de recém-nascidos, no mesmo hospital

Polícia faz novas buscas pelo corpo de Fabrício, em vão

Delegados da Polícia Civil, agentes, peritos e representantes do Ministério Público retornaram ao bairro Seis de Agosto, na manhã de ontem, 5, mas até agora nada de novo foi anunciado sobre o corpo do adolescente.
Depois de vários dias sem nenhuma pista nova, a polícia retornou à primeira casa onde supostamente o menino Fabrício teria sido executado.
No início das investigações, a polícia encontrou uma grande quantidade de sangue e um cachorro morto. Mas nada foi comprovado sobre o sangue ser ou não de Fabrício, muito menos se a tal casa realmente foi um dos diversos cativeiros revelados pelos supostos autores.
A polícia também realizou buscas em outra casa, bem próxima a ponte da Judia e a menos de uma quadra do suposto primeiro cativeiro.
Apesar dos trabalhadores da Semsur terem capinado e escavado parte do terreno embaixo da casa e também debaixo de uma árvore, nada foi encontrado.
Questionado sobre o porquê de a polícia estar retornando às casas, o delegado Robert Alencar disse estar atrás de indícios que comprovem se Fabrício passou ou não pelas casas. Baseado nos depoimentos do acusado.
Familiares de Fabrício chegaram esperançosos até o local, mas em seguida veio a frustração por não ter nada de novo, além da indignação pela falta de explicações por parte da polícia.
“Eles estão completamente perdidos e não têm nada de novo. O pior é o que a polícia está fazendo com a família. Sem explicações, não sabemos mais o que fazer e nem para aonde correr. O fato é que a polícia continua falhando”, diz indignado Sérgio Costa, tio de Fabrício.
Quatro representantes do Ministério Público Estadual (MPE) foram à escola de informática que Fabrício freqüentava com o objetivo de comparar a lista de freqüência do curso com a da Escola Rodrigues Leite, onde a vítima estudava o Ensino Médio. As escolas ficam próximas e a intenção dos investigadores do MPE é saber o porquê Fabrício estava freqüentando assiduamente o curso, mas tinha quatro faltas consecutivas na escola, mesmo sendo bem próximas e a rotina dele ser após a saída da escola ir direto para o curso.

CPI da Pedofilia não abre mão de ouvir Francisco Pianko

O advogado do assessor especial do governo, Francisco Pianko, mandou um documento afirmando que o processo dele na Polícia Federal está inconcluso o que torna desnecessária a sua oitiva à CPI da Pedofilia que aconteceria, ontem. Segundo o presidente da CPI, deputado Luiz Tchê (PDT), a CPI deliberou que vai esperar por 15 dias pela decisão definitiva do Ministério Público Federal que deverá receber o resultado das investigações. “Resolvemos suspender o depoimento para ouvi-lo novamente em outra ocasião”, disse Tchê.
O parlamentar explica que é preciso respeitar os outros órgãos públicos. “Mas nós não vamos abrir mão sob hipótese nenhuma de ouvir o depoimento do Pianko. Mesmo porque essa convocação já foi feita há bastante tempo e ficaríamos desmoralizados caso isso não acontecesse”, afirmou.
Tchê destacou ainda não acreditar que será necessário à CPI usar meios coercitivos para realizar a oitiva com Pian-ko. “O documento do advogado não recusa a vinda do assessor à CPI. Simplesmente pede um prazo para a conclusão das investigações e do relatório da Polícia Federal. Claro, que se a Polícia Federal inocentá-lo será mais um argumento a favor dele durante o seu depoimento”, explicou.