MP Eleitoral pede cassação da candidatura de N. Lima

O Ministério Público Eleitoral no Acre (MPE/AC) entrou com representação junto ao Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE/AC) por captação ilícita de sufrágios, cumulada com ação de investigação judicial eleitoral pedindo a cassação do registro da candidatura e a declaração da inelegibilidade do deputado estadual e candidato à reeleição N. Lima.
O fato motivador das ações foi o patrocínio de uma "comitiva" na cavalgada de abertura da Expoacre 2010, com distribuição de churrasco e bebidas pagos pelo candidato, bem como camisetas padronizadas na cor verde distribuídas a todos que participaram da comitiva.
O ilítico foi flagrado pelo serviço de inteligência da Polícia Federal, que registrou todos os fatos. Depoimentos foram posteriormente colhidos, bem como documentos que comprovam a confecção de 750 camisetas com a aposição das mesmas frases que compõem outros materiais de campanha do candidato.
O próprio candidato, em depoimento, afirmou ter patrocinado a comitiva, outros depoentes que também participaram da comitiva declararam a distribuição gratuita das camisetas e do churrasco e bebidas.
O artigo 41-A da lei 9504/97 proíbe expressamente doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, sem a necessidade explícita de pedido de votos. A investigação judicial eleitoral refere-se ao abuso de poder econômico praticado pelo candidato tendo em vista, inclusive, a grande dimensão do evento onde foi cometido o ilícito.
Pela prática da captação ilícita de sufrágios, ou compra de votos, o candidato poderá pagar multa de até 50 Mil Ufir, e ter o registro da candidatura cassada, e pelo abuso de poder econômico poderá haver, além da cassação do registro ou diploma, a declaração de inelegibildidade do candidato pelo prazo de oito anos. (Ascom MPF)

Antônia Lúcia e a filha divergem em coletiva

Antônia Lúcia e a filha divergem em coletiva

A bispa Antônia Lúcia e sua filha, Milena Câmara, apresentaram opiniões diferentes com relação ao individuo que deveria levar na sexta-feira à noite, cerca de R$ 472 mil apreendidos pela Policia Federal. Em coletiva concedida na manhã de hoje, no Hotel Pinheiro, no centro de Rio Branco, Milena Câmara afirmou que a pessoa que ia levar o dinheiro para o Estado do Amazonas era seu conhecido intimo. O fato foi negado posteriormente por sua mãe, Antônia Lúcia que também negou que o dinheiro seria para sua campanha política.
- Como ele não conhece a capital de Rio Branco eu fui buscá-lo – disse Milena Câmara se referindo ao individuo que levaria R$ 472 mil apreendidos para o Amazonas.
Segundo o advogado que acompanhou Milena na coletiva, Valadares Neto, a Policia Federal ainda não explicou como obteve informações sobre os recursos que seriam transportados. O advogado mostrou irritação pela quebra de sigilo nas investigações e disse que até agora ainda não recebeu a cópia na integra de todo o processo.
Milena disse que não sabia quanto estava sendo transportado, mas afirmou que o dinheiro era para uma doação à Fundação Boas Novas da Igreja Assembléia de Deus do Estado do Amazonas. Ainda segundo a filha de Antônia Lúcia, as doações são comuns e acontecem durante todos os anos através da fé de seus fieis.
Jairo Carioca – Da Redação de ac24horas