Queda de avião mata seis na região atingida pelo terremoto no Chile


O acidente ocorreu próximo à localidade de Tomé, a 450 quilômetros ao sul da capital, Santiago. O avião era um modelo Piper PA 31 e havia partido de Santiago às 12h28.

A aeronave levava uma equipe que iria participar dos trabalhos de resgate. Eles iriam inspecionar o estado de albergues para abrigar as vítimas que tiveram casas destruídas pelo tremor e pelos tsunamis que se seguiram a ele.

O piloto era Marcelo Ruiz, e os cinco passageiros eram da Universidade San Sebastián. Um deles era Pablo Desbordes, ex-presidente da Juventude da ultradireitista União Democrata Independente (UDI) e irmão do futuro subsecretário de Pesquisas, Mario Desbordes. Na aeronave também viajava Luis Ernesto Videla, genro de Belisario Velasco, ex-ministro do Interior no Governo de Michelle Bachelet e alto dirigente do Partido Democrata-Cristão. Os outros ocupantes eram Ignacio Fernández, Juan Guillermo Moya e Rodolfo Beck que ia rumo à cidade chilena de Concepción caiu por volta das 16h desta segunda-feira (1º) matando todos os seis que estavam a bordo, segundo a Direção Geral de Aviação Civil do país.O acidente ocorreu próximo à localidade de Tomé, a 450 quilômetros ao sul da capital, Santiago. O avião era um modelo Piper PA 31 e havia partido de Santiago às 12h28.

A aeronave levava uma equipe que iria participar dos trabalhos de resgate. Eles iriam inspecionar o estado de albergues para abrigar as vítimas que tiveram casas destruídas pelo tremor e pelos tsunamis que se seguiram a ele.

O piloto era Marcelo Ruiz, e os cinco passageiros eram da Universidade San Sebastián. Um deles era Pablo Desbordes, ex-presidente da Juventude da ultradireitista União Democrata Independente (UDI) e irmão do futuro subsecretário de Pesquisas, Mario Desbordes. Na aeronave também viajava Luis Ernesto Videla, genro de Belisario Velasco, ex-ministro do Interior no Governo de Michelle Bachelet e alto dirigente do Partido Democrata-Cristão. Os outros ocupantes eram Ignacio Fernández, Juan Guillermo Moya e Rodolfo Beck

Câmara envia ao STF parecer contrário à intervenção no DF


A Câmara Legislativa do Distrito Federal enviou nesta segunda-feira (1) ao Supremo Tribunal Federal (STF) um parecer em que pede que não haja intervenção no DF. O documento é parte de um pedido do tribunal para avaliar se intervém ou não na capital. No documento, a procuradoria diz que a intervenção seria uma “grave lesão ao princípio democrático e à forma republicana”, fazendo menção à linha sucessória. “Vale dizer que no Distrito Federal a ordem sucessória vem sendo obedecida nos estreitos limites da Constituição Federal”, afirma. “A nomeação de um interventor, além de descumprir a ordem sucessória prevista na Constituição Federal, colocaria na chefia do Poder Executivo um cidadão despido de qualquer legitimidade para governar o DF”, diz o parecer. O Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, pediu no dia 11 de fevereiro intervenção no DF, por conta da crise política causada pela deflagração da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. Ela investiga um suposto esquema de propina no governo local conhecido como mensalão do DEM de Brasília. De acordo com as apurações da polícia, o comandante do esquema seria o governador afastado José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), e envolveria deputados distritais.


A votação no plenário sobre a aceitação ou não do pedido de impeachment de Arruda será feita somente na quinta-feira (4). A informação é da assessoria do presidente interino da Câmara, Cabo Patrício (PT). Nesta terça (2), será feita somente a leitura do pedido; de acordo com o regimento, é necessário um prazo de 48 horas após essa leitura para votação.

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A partir daí, a Câmara tem 24 horas para notificar Arruda, que terá mais 20 dias para apresentar defesa. Na última sexta-feira (26), a Casa aprovou o parecer favorável ao impeachment do governador –preso na Polícia Federal desde o último dia 11. Após esse prazo de 20 dias, a defesa vai para a comissão especial, que julga o mérito.

Uma vez aceito o pedido, o impeachment volta ao plenário e deve ser aprovado por, no mínimo, 2/3 dos votos. Se acatado, Arruda é afastado por 120 dias. Depois disso, uma comissão formada por cinco deputados distritais e cinco desembargadores faz o julgamento final. Um parecer da Procuradoria da Casa, liberado nesta segunda, diz que o governador afastado tem até o início da segunda sessão plenária para renunciar sem perder os direitos políticos. Os suplentes dos deputados que estão supostamente envolvidos no esquema de propina que ficou conhecido como mensalão do DEM de Brasília foram convocados e devem participar já da leitura do relatório nesta terça. De acordo com a Câmara, eles vão receber proporcionalmente por sessão –ou seja, a cada participação, embolsarão quase R$ 413.

Terceira etapa de inscrições no sistema do Enem tem início nesta segunda


A terceira etapa para inscrições no Sistema de Seleção Unificada (SiSU) tem início nesta segunda-feira (1º). Os interessados devem acessar o site do Ministério da Educação (MEC): http://www.mec.gov.br/.

Poderão se inscrever os estudantes não selecionados na primeira e segunda etapas, assim como aqueles que ainda não se inscreveram no SiSU. A lista dos aprovados será divulgada no dia 5 e as matrículas deverão ser feitas entre 9 e 12 de março.

Para esta etapa, o ministério promoveu algumas mudanças: o estudante terá a opção de cancelar sua inscrição caso desista de se candidatar à vaga. Outra alteração, os candidatos que não forem selecionados desta vez poderão confirmar seu interesse em fazer parte de uma lista de espera. Essa confirmação deve ser feita durante o período de matrículas da terceira etapa, que acontecerá entre 9 e 12 de março.

No final do período de matrículas, a universidade ou instituto federal que ainda tiver vagas remanescentes poderá fazer chamadas posteriores e convocará os alunos que mostraram interesse.

O que é o SiSU
O sistema seleciona vagas somente nos cursos que têm o Enem como único processo seletivo. Outras instituições de ensino, que não aderiram ao SiSU, tanto públicas quanto particulares, adotaram a nota do Enem conforme o seu critério: ou como parte da nota ou como primeira fase.

Para tirar dúvidas, o candidato pode ligar para o telefone 0800 616161 ou no endereço eletrônico http://sisu.mec.gov.br/falecomagente.html.

Funcionárias de lotérica explicam como bolão deixou de ser registrado no RS


Os números comprados pelos clientes não foram registrados. O dono da lotérica apresentou imagens para alegar que a funcionária Diane da Silva, de 21 anos, esqueceu de passar o jogo na máquina. A colega dela, Fátima Schons, que também aparece na cena contou ao Fantástico o que aconteceu na noite de sábado (20).

“Confirmei os números e fiquei em uma alegria planejando rapidamente. Eu já sabia o que ia fazer com o dinheiro”, Roberto Dias. “Eu fui dormir milionário e acordei pobre”, lamenta o porteiro Paulo César Amaral.Esses são alguns dos gaúchos que apostaram no concurso 1.155 da Mega-Sena. O prêmio era de R$ 53 milhões. Todos compraram um bolão vendido em uma lotérica em Novo Hamburgo, há 35 quilômetros de Porto Alegre. “O sonho durou mais ou menos uma hora”, diz o corretor de seguros Roberto Dias Hoffman. “Eu ia pegar meus cartões e gastar o que não tinha. Eu já estava dando o carro para o vizinho”, conta o vendedor Luiz Fernando Brunes. “Ela me ligou falando que a haviam ganhado o prêmio no bolão. Eu falei que não. A Mega-Sena havia acumulado em R$ 61 milhões. Aí, ela se deparou com alguma coisa de errado. Quando a gente entrou na lotérica, ela viu que havia se esquecido de passar o bolão”, disse Fátima Schons. Ao todo, três bolões com 120 cotas não tiveram os números autenticados por essa lotérica. A funcionária que prestou depoimento na quinta-feira (25) saiu da delegacia sem dar uma palavra com a imprensa. A funcionária disse que ficou sabendo do sorteio porque o pai dela tinha uma cota do bolão. Mas, no depoimento, contou que o comprovante sumiu. Diane falou também que os números dos bolões só eram registrados depois que todas as cotas eram vendidas.


Investigação
O delegado que investiga o caso, Clóvis Nei da Silva, não está completamente convencido que toda essa confusão não passou de um simples erro da funcionária. A polícia vai agora fazer um levantamento de outros bolões vendidos pela mesma lotérica e checar com a Caixa Econômica Federal se foram ou não registrados. “A gente trabalha com a hipótese de estelionato, porque as vítimas foram até a essa lotérica. Foi oferecido um bolão, e elas tinham a consciência que esse jogo havia sido feito. E como não houve o jogo, elas foram iludidas”, diz o delegado. “Estão me acusando de estelionatário, isso não existe. Estou me sentindo envergonhado, lesado. Na verdade, eu sou uma das vítimas”, diz o dono da lotérica, José Paulo Abend. Depois da confusão no Rio Grande do Sul, a Caixa Econômica Federal afirmou que considera ilegal a venda dos bolões. “O bolão é uma prática popular, mas a Caixa Econômica Federal não reconhece. Para a Caixa, o bolão não existe. O que existe é o comprovante emitido pelo terminal”, explica Antônio Carlos Barasuol.


Caixa não aprova bolão
Um documento a que o Fantástico teve acesso mostra que, em 21 de janeiro, a lotérica já tinha sido notificada pela Caixa justamente por causa da venda de bolões. Um ofício igual foi envidado a todas as lotéricas do Brasil. O texto diz que não é permitida a venda ou divulgar qualquer outra modalidade de sorteio ou loteria e assim os bolões podem comprometer a lotérica.

O ofício foi assinado pelo dono, mas comprovantes de bolões mostram que a venda continuou normalmente na Esquina da Sorte. O advogado da lotérica, Marcelo de la Torres, reconhece a ilegalidade da aposta, mas diz que, como a Caixa não fiscaliza com frequência, esse tipo de jogo continua.

Tanto que o dono se sentia à vontade para participar do bolão. “Eu podia estar milionário também. A Caixa não se responsabiliza por bolão. É difícil se responsabilizar por R$ 52 milhões”, diz José Paulo Abend.


Outro caso
Caso semelhante aconteceu em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Em 1999, cinco clientes compraram um bolão que foi sorteado, mas não registrado. O prêmio: R$ 16 milhões. O apostador Maurício Mariano entrou na Justiça e ganhou em primeira instância. A Caixa recorreu, e o processo está sendo julgado. A lotérica foi fechada. “Se a lotérica cometeu um erro, entendemos que o erro se estende à Caixa Econômica Federal também”, diz Maurício.

No Rio Grande do Sul, os apostadores também vão entrar na Justiça para tentar receber os R$ 53 milhões. A maioria continua fazendo planos de como gastar todo esse dinheiro. É o caso do taxista Jadir Quadros, que sempre jogou na Mega-Sena na tentativa de mudar de vida. “Comprar de coisas de luxo nada. Seriam duas casa, porque a família ainda não tem onde morar, e mais uma placa de táxi para mim, porque hoje eu trabalho de empregado”, planeja.

Costureira revela drama após perder filho durante briga de médicos em MS


Tanta alegria e tanto cuidado acabaram em desilusão. Quando entrou em trabalho de parto, Gislaine de Matos foi levada para uma sala, a que o Fantástico teve acesso, em Ivinhema (MS). O médico dela, Orozimbo de Oliveira, acompanhava a gestante. As imagens caseiras mostram uma mãe feliz, comemorando os oito meses de gravidez. “Todo mês eu estava no meu pré-natal. Fiz um cursinho de três meses”, conta. "Ele me examinou, fez o toque para ver se eu tinha dilatação. A enfermeira já tinha feito uma aplicação de limpagem em mim e visto se estava tudo certo", lembra Gislaine. Um outro médico, Sinomar Ricardo, chefe do plantão, achou errado que o parto fosse feito por Orozimbo, que não estava no plantão, e pediu ao obstetra que parasse de atender Gislaine. "Eu só vi quando o doutor Sinomar fechou a porta e entrou. Quando ele fechou a porta, eu vi que a porta abriu de uma vez. Daí, ele já entrou de pontapé e empurrão", descreve Gislaine. De acordo com a paciente e com enfermeiros, os médicos se agrediram fisicamente até serem separados pela equipe de segurança do hospital. "Eu comecei gritar, pedia pelo amor de Deus. Estava com dor”, diz Gislaine. Outro cirurgião foi chamado para continuar o parto. "Eu fiz uma avaliação. Ela se encontrava muito nervosa, muito estressada, transtornada. Examinei e percebi que ainda havia batimentos, mas que estavam indicado a necessidade de se fazer uma cesariana", diz o médico Humberto Ferraz. A cesariana foi feita, mas a criança não resistiu. Gislaine se lembra do silêncio na sala de parto e da conversa que teve com uma enfermeira.
Investigação
Depois da morte do bebê, os dois médicos foram demitidos. O Conselho Regional de Medicina vai apurar se houve falha no atendimento. A polícia também vai investigar o caso, e um inquérito já foi aberto. "Trata-se de um crime na modalidade de aborto doloso, eventual, quando o resultado final é a morte do feto, embora os médicos não quisessem. Parecem não ter se importado que aquela briga, aquela situação, poderia levar o feto a óbito", avalia o delegado Lupérsio Degeroni. "Aquela situação" é a inaceitável briga entre os dois médicos. Desde a morte da filha de Gislaine, eles trocam acusações técnicas. Um acusa o outro de erro no procedimento do parto. "Eu sou ginecologista obstetra e não entendi por que o doutor Orozimbo queria ativar um trabalho de parto que estava correndo tão bem", diz o médico Sinomar Ricardo.


Na sala de parto
E o delegado espera que o exame da placenta da mãe defina se a causa da morte da filha foi o medicamento. Mas o que chamou a atenção do país foi a briga. Quem começou? "Se eu estou dentro da sala de parto, para fazer um parto, um cidadão mete o pé, abre a porta à força e agride o médico que lá dentro está, é fácil saber quem começou a briga", diz Sinomar Ricardo, de 68 anos.

O médico confirma que impediu que Orozimbo fizesse o parto, mas diz que foi atacado pelo colega de trabalho. "A papeleta voou das minhas mãos e caiu. Eu fui pegar a papeleta e recebi uma saraivada de murros", disse Sinomar. Orozimbo Oliveira, de 49 anos, afirma que defendia o direito de a família escolher o médico. "Eu coloquei a mão na cabeça e disse que somos civilizados. Ninguém pode ser proibido de trabalhar em um hospital sendo médico."

Gislaine e Gilberto voltaram para casa sem a filha. "Naquele momento, eu achei que faltou a base que falta hoje na sociedade. Faltou companheirismo, união, tolerância. Eu falei para eles que estavam lidando com vida. Disse que eles fizeram juramento para salvar vidas, não para tirar vidas", lembra Gilberto.