MP Eleitoral pede cassação de Antônia Lúcia e Denilson Segóvia












Outras 10 pessoas podem perder direitos políticos, entre elas seis candidatos do PSC.

O Ministério Público Eleitoral no Acre (MPE/AC) entrou com representação por compra de votos e Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) pedindo a declaração de inelegibilidade e a cassação do registro ou diploma da candidata eleita deputada federal Antônia Lúcia e do candidato eleito deputado estadual Denilson Segóvia, ambos do Partido Socialista Cristão (PSC), além do pagamento de multa de 50 mil UFIRs para cada um. Os dois, juntamente com outras 10 pessoas, inclusive outros candidatos do mesmo partido, participaram de distribuição de combustíveis no dia 28 de agosto deste ano.

As denúncias de abuso de poder econômico contra Antônia Lúcia já vinham sendo apuradas antes do flagrante de distribuição de combustíveis e envolvem outros ilícitos, todos com a finalidade de usar o poderio econômico da candidata para garantir-lhe a maior soma possível de votos. Dentre as atividades comprovadas pelo inquérito estão relacionados abuso de meio de comunicação social e arregimentação de estruturas de Igrejas evangélicas. Nestas atividades outros crimes foram praticados e identificados, dentre os quais, falsidade ideológica com finalidade eleitoral, fraude processual, formação de quadrilha, peculato, falso testemunho e fraude processual.

A forte estrutura montada para a campanha não se restringia aos limites do estado do Acre, tanto que a principal linha telefônica usada na coordenação da campanha é de propriedade da Câmara dos Deputados e está sob a guarda do marido da candidata, deputado federal Silas Câmara, do Amazonas. Também foi flagrado o transporte de quase R$ 500 mil, vindo do estado do Amazonas, que faziam parte do esquema de “caixa-dois” da campanha.

Boa parte das provas elencadas no inquérito, inclusive o flagrante com relação ao transporte de valores para “caixa-dois”, foram conseguidas mediante interceptação telefônica autorizada judicialmente que flagraram conversas e mensagens da candidata com sua coordenação para orquestrar os atos ilícitos que praticavam, como a tentativa de livrar-se da acusação de distribuição de 1,2 mil litros de combustíveis, ocasião em que a candidata disparou mensagens de celular ordenando a confecção forjada de 70 contratos de locação de veículos para justificar suposta carreata dos candidatos do partido controlado por Antônia Lúcia. Segundo as mensagens, os contratos seriam “ a única defesa para nos livrar do cancelamento do registro de todos os candidatos do PSC”.

Com relação ao fato específico da distribuição de combustível, o monitoramento efetivado pôde demonstrar que Antônia Lúcia foi a responsável pela determinação e pela organização de como seria feita a distribuição, inclusive limitando a quantidade em 1,2 mil litros.

Demais envolvidos também podem ser punidos

Os candidatos a deputado estadual pelo PSC Romildo Magalhães, Missionário Gilson, Lana Cavalcante, Michela Auto, Reidivan Rocha, Manoel Magalhães, conhecido como Nery, também foram denunciados, podendo perder o registro da candidatura e ficar inelegíveis por oito anos, além de pagara a multa prevista em lei. Os colabores e funcionário do partido Antônio Israel Mesquita, Emmanuel Rodrigues de Souza Antonio José da Silva Santana e Luiz Gustavo da Silva Azevedo também foram denunciados e poderão ter declarada sua inelegibilidade pelo prazo de 8 anos, além do pagamento da multa de 50 Mil UFIRs.

Crianças são raptadas por ex-presidiário em ramal da AC-40

Menores estavam em açude quando foram levados por Francisco de Oliveira; eles foram mantidos na casa do acusado por quase 24 horas

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Crianças foram encaminhadas ao Nucria em Rio Branco (Fotos: Gleyciano Rodrigues/Agazeta.net)
Quatro crianças, que estavam desaparecidas desde a tarde desta terça-feira, 26, foram localizados nesta quarta, na casa do ex-presidiário Francisco de Oliveira, 29 anos, em um ramal no quilômetro 11 da AC-40, sentido Rio Branco-Senador Guiomard.

As crianças tinham saído de casa para a escola Boa União, na terça-feira. Mas como não houve aula, resolveram se divertir no açude comunitário do ramal Itucumã, quando desapareceram.

Uma denúncia anônima possibilitou que homens do 2º Batalhão da Polícia Militar localizasse as crianças, dois gêmeos -- uma menina e um menino de 11 anos --, outra garota de dez , e um menino de oito anos. Elas estavam sendo mantidas dentro de casa pelo ex-presidiário, em outro ramal, o Paulinho.

O indivíduo não estava em casa, e foi preso no ramal do açude onde ele havia raptados os estudantes.

Segundo o aposentado Hipólito da Silva Araújo, 60 anos, pai dos gêmeos, desde que eles desapareceram, todas as famílias se mobilizaram para procurar as crianças. “Já não sabíamos o que fazer”, diz Hipólito.

Segundo informações do tenente Deusdete, comandante do 2º BPM, as crianças confessaram que Oliveira “passou a noite alisando-as e que dormiu com a menor de dez anos”.

Ao ser preso, ele negou as acusações. Disse que as crianças haviam falado não ter para onde ir. “Por isso as levei para minha casa, mas não fiz nada com elas”, afirma.

O indivíduo foi preso e os menores, encaminhados à delegacia do Núcleo de Atendimento à Criança ao Adolescente Vítima, o Nucria.

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Morre nesta terça-feira o ex-senador Jorge Kalume

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Morreu na tarde desta terça-feira (26) o ex-senador Jorge Kalume. O ex-parlamentar, que há um ano vinha lutando contra um câncer no intestino, teve uma parada cardíaca em casa, em Brasília. O velório será a partir das 10h desta quarta-feira (27) na capela 7 docemitério Campo da Esperança, em Brasília. O enterro está marcado para as 16h30.

Nascido em Belém do Pará em 3 de dezembro de 1920, Jorge Kalume era filho do imigrante sírio Abib Moisés Kalume e da libanesa Latife Zaine Kalume. Jorge Kalume deixa três filhos - a jornalista Márcia, o médico Cláudio e o biólogo Dario - e três netos.

Em sua vida pública, Jorge Kalume atuou como deputado federal, foi prefeito de Xapuri e de Rio Branco e governou o Acre entre 1966 e 1971. Foi senador pelo estado do Acre entre 1979 e 1987 e no Senado ocupou o cargo de Segundo Secretário, responsável pela gráfica. Jorge Kalume também foi diretor financeiro do Banco da Amazônia em Belém e empresário.