Tiririca deve ir ao STF devido a dúvida se ele pode ou não ser deputado

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São Paulo
— A defesa do deputado que recebeu 1,3 milhão de votos, Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca (PR), já definiu as estratégias que farão com que o palhaço escape da Justiça Eleitoral paulista e seja diplomado em 17 de dezembro sem enfrentar o teste para comprovar se ele realmente sabe ler e escrever. A tática é simples e bem comum no meio jurídico: os advogados vão usar todos os prazos na expectativa de que a ação movida pelo Ministério Público chegue ao Supremo Tribunal Federal (SFT), órgão encarregado de julgar deputados federais.

O promotor que acusa o palhaço de ter burlado a Justiça Eleitoral, Maurício Lopes, já está ciente da estratégia e prometeu se empenhar ao máximo para “pegar” o deputado eleito. “Advogado é sórdido. (...) Mas, se eu fosse advogado do Tiririca, também protocolaria a defesa dele às 18h50, 10 minutos antes de o fórum fechar”, disse Lopes. O promotor acusou Tiririca de analfabeto logo depois da eleição e disse que essa condição o impede exercer o mandato. O deputado eleito teria até amanhã para apresentar a sua defesa. Como se trata de um sábado, o prazo foi estendido para a próxima segunda-feira.

Enquanto Tiririca não se manifesta, o Ministério Público age. Para tentar enquadrar o palhaço, Maurício Lopes pesquisou com educadores brasileiros e estrangeiros o conceito de analfabetismo. “O entendimento, até agora, é que ele tem que ler, escrever e interpretar um texto, e não somente reproduzir aquele pedido de candidatura que está no Tribunal Regional Eleitoral”, ressalta o promotor. Uma funcionária que trabalhou na campanha de Tiririca admitiu que ele não sabe ler com desenvoltura, mas garantiu que ele não é 100% analfabeto. Ela disse que o Partido da República e políticos que foram beneficiados pela expressiva votação do palhaço estão custeando aulas integrais com professores gabaritados. “Já conversei com diversos especialistas. É impossível alguém ser alfabetizado tão rapidamente. Ainda mais, sob pressão”, desafia o promotor.

É justamente a pressão exercida pelo Ministério Público que vai ser questionada pela defesa de Tiririca. Uma advogada do escritório que defende o palhaço disse que a ação do promotor mais humilha o deputado eleito do que tenta esclarecer qualquer dúvida sobre a escolaridade do acusado. O Correio apurou que os advogados também estão juntando casos de deputados estaduais e até mesmo de federais que exerceram seus mandatos sem escolaridade avançada.

Até a semana passada, o promotor Maurício Lopes batia na tecla de que nem era importante descobrir se Tiririca sabe ler e escrever. Segundo ele, o maior problema era que o documento que pedia a candidatura do deputado eleito, feito à mão, não tinha sido feito pelo candidato, apesar de ter a assinatura dele. Isso caracterizaria falsidade ideológica. Uma perícia do IML de São Paulo atestou que pelo menos três pessoas escreveram o texto. Mas um especialista em fraude eleitoral já advertiu o Ministério Público que não faz a menor importância se foi ou não o palhaço que escreveu o documento. “O que importa mesmo é o conteúdo”, admite hoje o promotor.

Como a tese da falsidade ideológica caiu por terra, o Ministério Público passou a investigar ainda mais a vida de Tiririca na intenção de descobrir elementos que possam inviabilizar a sua diplomação. A mais recente descoberta envolve a carteira de habilitação do deputado eleito. “Já está provado que é falsa, pois foi tirada numa cidade em que houve derrame de habilitações falsas e onde Tiririca nunca morou”, comemorou o promotor.

Acre faz acordo com Mato Grosso para a consolidação da rota Amazônia-Andes-Pacífico

abav_senildo_melo_94Governo dos dois estados estabeleceram cooperação técnica durante o Congresso da Abav.

O Governo do Estado do Acre estabeleceu um acordo de cooperação técnica com o Governo do Estado de Mato Grosso para a consolidação da rota turística Amazônia-Andes-Pacífico. O evento contou com a presença do secretário de Turismo do Acre, Cassiano Marques, da secretária de Turismo do Mato Grosso, Vanice Marques, do presidente da ABAV, Raimundo Moraes, além do Ministro do Turismo, Luiz Barreto.

Um protocolo de cooperação entre o Estado do Acre, por meio da Secretaria de Esporte, Turismo e Lazer (setul), e o Estado do Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento do Turismo (sedtur) foi assinado na tarde desta quinta-feira, 21, durante reunião do Fórum de Secretários e Dirigentes de Turismo (FORNATUR) para a consolidação da rota do Amazônia-Andes Pacífico com voo regular entre Rio Branco-Lima-Cuzco.

O evento foi realizado durante o Congresso Nacional da ABAV, no Rio Centro, Centro de Convenções do Rio de Janeiro, e contou com a presença de todos os secretários de turismo dos Estados.

Na prática, o documento autoriza os governos do Acre, Rondônia, Amazonas e Mato Grosso a desenvolver ações efetivas para a promoção do turismo internacional entre Brasil e Peru, por meio da nova rota Pantanal-Amazônia-Andes-Pacífico.

O secretário Cassiano Marques destacou também a conexão regular terrestre entre Lima - Cusco - Rio Branco - Cuiabá - São Paulo, que passa pela conclusão da Estrada do Pacífico, prevista para ser inaugurada na primeira quinzena de dezembro de 2010.

O fortalecimento dessa rota internacional foi possível graças ao protocolo assinado em 13 de abril de 2008, como produto turístico integrado entre os dois países, e o esforço de desenvolvimento e promoção de roteiros integrados na Amazônia por autoridades públicas e representantes do trade turístico nacional.

O ato vai promover a partir de agora um aumento na oferta de pacotes turísticos pelas operadoras e agências de viagens. Além de abrir novas oportunidades para o turismo de lazer e de negócios contribuindo para o desenvolvimento do Acre.


Policiais da COE apreendem armas, munição e dinheiro


Os dois revólveres ambos de calibre 38 e da marca Taurus estavam com dois moradores de uma comunidade rural de Rodrigues Alves. Um dos homens estava com quase R$ 14 mil que se defendeu dizendo que o dinheiro era resultado da venda de farinha.

A apreensão aconteceu no final da tarde de sexta-feira (22) na Rodovia AC-405 próximo ao Balneário Igarapé Preto em Cruzeiro do Sul. Depois de receber uma denúncia anônima, policiais da Companhia de Operações Especiais (COE) montaram uma barreira onde abordaram a caminhonete Toyota JWI-1343 onde estavam Dirceu Muniz de Oliveira, 43 anos e José Reinaldo Rocha de Pinto, 27 anos, cada um portava um revólver com 6 munições.


Além da arma, Dirceu estava R$-13,9 mil. Os dois homens são moradores na Comunidade São Gerônimo no Rio Paraná dos Mouras no município de Rodrigues Alves. Na Delegacia de Flagrantes, onde foram levados para o flagrante por porte ilegal de armas, Dirceu informou que trabalha como comerciante na comunidade e o dinheiro era resultado da venda de farinha de mandioca e usavam as armas para se proteger na estrada de acesso a comunidade onde já sofreram assalto e ameaças.


www.tribunadojurua.com - Da redação com informações de Adelecimar Carvalho

Acusado de matar advogada em Cruzeiro continua foragido


O destino de Márcio Rocha ainda é um mistério para a polícia; crime aconteceu em 2007

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Márcio Rocha é acusado de matar advogada em Cruzeiro do Sul em 2007 (Foto: Tribuna do Juruá)
Há mais de dois anos homem acusado de estrangular uma advogada em Cruzeiro do Sul está como foragido da justiça. O crime aconteceu em 2007 e ganhou ainda mais repercussão em toda Região Norte, depois que o delegado que iniciou as investigações se matou dentro da Delegacia.

O inquérito que apurou a morte da advogada e auditora da Secretaria da Fazenda do Amazonas, Isabel Rebouças, foi concluído um ano após o crime. Segundo a Polícia Civil, o empresário Márcio Rocha matou a esposa que também era sua tia, pensando em um seguro de R$ 1 milhão que poderia ser administrado por ele, em caso de morte. Márcio Rocha nasceu em Cruzeiro do Sul, mas morava em Manaus com a mulher, o casal teria retornado ao Acre para passar férias, mas segundo as investigações a viagem era parte do plano para tirar a vida da advogada.

Após a conclusão do inquérito onde foram ouvidas cerca de 50 pessoas, a justiça decretou a prisão preventiva de Márcio Rocha que já estava foragido. Durante esse período, a Polícia do Acre não recebeu nenhuma informação concreta a respeito do paradeiro do acusado, que estaria morando fora do País.

Como aconteceu:

Na manhã do dia, 18 de agosto de 2007, o corpo de Isabel Rocha foi encontrado dentro do Igarapé Preto. Na época, o delegado geral de Cruzeiro do Sul, Ananias Pereira, solicitou a vinda de um médico legista de Rio Branco para realizar a necropsia no corpo, o laudo indicou que a advogada havia sido estrangulada.

Durante a noite, ela esteve no Balneário e em outros locais da cidade acompanhada do marido e de vários amigos.

No dia seguinte, o delegado Ananias Pereira ouvia dentro de seu gabinete uma testemunha que veio de Manaus, ao mostrar uma pistola para a testemunha o delegado disparou a arma em sua própria cabeça e morreu fulminado. A investigação da polícia concluiu que o tiro foi acidental.

As investigações sobre o crime da advogada foi assumido por outro delegado. Márcio Rocha ficou preso temporariamente por 60 dias, mas nesse período não houve avanços nas investigações. Em liberdade ele retornou para a capital do Amazonas.

O inquérito que só depois passou a ser presidido pelo delegado Aldolfo Reges foi concluído em 2008 e apontou Márico Rocha como acusado de assassinar a esposa, hoje ele é considerado foragido da justiça.