À frente do governo estadual desde 1999, quando o engenheiro florestal Jorge Viana assumiu o primeiro de seus dois mandatos no Palácio Rio Branco, o PT entra na disputa estadual deste ano com o irmão do ex-governador. Ainda em 2006, Tião era o preferido nas pesquisas eleitorais para a sucessão acreana, mas o grau de parentesco não permitiu que participasse da disputa. Agora, o quadro mudou. E Jorge, o ex-governador e atual presidente do Fórum Estadual de Desenvolvimento Sustentável, é um dos candidatos do PT a uma das vagas do Estado para o Senado. No âmbito estadual, os outros dois pré-candidatos ao governo só pensam em levar a eleição para o segundo turno e então unirem forças. “Estamos juntos no mesmo projeto”, conta o professor Tião Bocalom, do PSDB.
“Precisamos quebrar essa dinastia que se instalou no Estado.” Três vezes prefeito de Acrelândia, cidade de 14 mil habitantes emancipada em 1992, Bocalom tem como parceiro na estratégia contra a Frente Popular o vereador de Rio Branco Rodrigo Pinto (PMDB), filho do governador Edmundo Pinto, assassinado no antigo Hotel Della Volpe, em São Paulo, em 1992. “Entrei na vida pública para seguir os passos do meu pai e chegar aonde ele chegou”, diz Rodrigo, lembrando que Edmundo Pinto emancipou 11 vilas. O problema é que, dos 22 municípios acreanos, 15 são administrados pela Frente Popular, incluindo a capital, onde se concentram 45,7% dos 452 mil eleitores do Estado. (ISTOÉ)