Primeiro suplente beneficiado pela PEC dos Vereadores já pensa em ser prefeito


Nem bem tomou posse, o primeiro suplente do país a se beneficiar da PEC dos Vereadores já pensa em se candidatar a prefeito. André Luiz Guimarães Oliveira, do PT de Bela Vista de Goiás (GO), foi empossado na última sexta-feira (25), dois dias após o Congresso promulgar a PEC que ampliou em cerca de 7 mil o número de vereadores em todo o país “Pretendo me candidatar a prefeito. Acho que dá sim, porque a campanha mais difícil é para vereador. Até para deputado é mais fácil”, disse o vereador Aos 32 anos, ele só disputou uma eleição – foi o quarto mais bem votado na cidade no último pleito, mas seu partido obteve votos suficientes para fazer apenas dois vereadores.
Na eleição, André Luiz teve 432 votos. A cerca de meia hora de Goiânia, Bela Vista de Goiás tem pouco mais de 18 mil eleitores, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com a aprovação da PEC, a cidade passou de 9 para 11 vereadores. A economia do município gira em torno da produção rural e do comércio.
A população já obteve uma representatividade melhor no meu primeiro dia. Trabalhei ‘pra caramba’ "
Em seu primeiro dia de expediente na Câmara, nesta segunda-feira, o novo vereador disse já ter trabalhado bastante. “A população já obteve uma representatividade melhor no meu primeiro dia. Trabalhei "'pra caramba'”, afirmou. Segundo ele, “vários moradores vieram tratar de projetos de limpeza de bairros, poda de árvores”. Ele também disse ter passado o fim de semana estudando projetos.
André Luiz disse que pretende dar uma atenção especial aos problemas dos comerciantes da cidade – ele é dono de um comércio – e aos dos pequenos produtores rurais, como melhoria de estradas municipais.
Para ajudá-lo em seu trabalho, o novo vereador pode contar com apenas um assessor. “Ainda não contratei ninguém”, declarou. Sobre o salário, ele afirma não estar preocupado. “Não sei quanto ganha um vereador na cidade. Por enquanto nem me preocupei com isso, mas acho que gira em torno de R$ 3.500."
André Luiz e o funcionário público Luiz Pontes Neto (PR), o Luiz do Detran, o outro suplente empossado na última sexta na cidade, disseram que vão recorrer à Justiça caso haja alguma ação para tentar tirá-los do cargo. O presidente do TSE, Carlos Ayres Britto, e do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, já deram declarações de que a PEC só valeria para o pleito de 2012.
“Foi feita uma emenda à Constituição aprovando o número de vereadores. Não tem dúvida jurídica quanto a isso. Se contestarem, vou entrar com mandado de segurança”, afirmou André Luiz. “Na Câmara [a votação] foi esmagadora, no Senado foi esmagadora. Se [o resultado] não valer, tem que fechar o Congresso”, disse Luiz Pontes.

Conselho de Ética da Câmara poderá cassar Sargento Vieira


Vereador Vieira terá que se explicar sobre suposto O Conselho de Ética da Câmara de Vereadores será acionado para promover uma investigação contra o Sargento Vieira (PHS). Se comprovada a veracidade de desvio de dinheiro para a criação de um fundo de saúde beneficiando a Polícia Militar, ele poderá ser cassado.A medida rígida de enviar o vereador para o Conselho de Ética está sendo preparada pela Mesa Diretora da Câmara, depois que na semana passada vazou a denúncia de que o parlamentar estaria desviando dinheiro para pagamento de assessores que nunca existiram.O dinheiro estava indo para a Associação dos Militares do Estado do Acre. Em entrevista nesta sexta-feira, 25, ele confirmou em entrevista que transferia o recurso para a AME. E ainda disse que estava na legalidade. Hoje a Mesa Diretora da Câmara explicou que Sargento Vieira pode ter cometido uma irregularidade.A verba de assessores é exclusiva para pagamento de pessoal que ajuda os parlamentares diariamente. Não pode ser usada em outros gastos.
"Nós vamos chamá-lo para uma conversa, porque até hoje ele era visto como um parlamentar de boa conduta. Mas agora, que saíram estas denúncias na imprensa devemos apurar", afirma o vereador Juracy Nogueira, que é primeiro secretário. A fraude de Sargento Vieira foi descoberta porque ele descobriu que Natalício Braga, o presidente da AME, não prestou contas do dinheiro recebido. E não apareceu um só militar que tenha sido beneficiado.O esquema funcionava assim: quatro pessoas foram contratadas como assessores de vereador. Na verdade, não pegavam no salário. O dinheiro seguia direto para o presidente da Associação, Natalício Braga, que está sendo investigado pelo Conselho Deliberativo da AME por gasto excessivo de combustível.

Mulher de Areal recusa secretaria na gestão de Wanderlei Zaire





A empresária Leuda Mendes, mulher do prefeito cassado Nilson Areal (PR) de Sena Madureira recusou o convite para continuar comandando a Secretaria de Ação Social, cargo que ocupou durante toda a gestão de Areal.
O convite foi feito pelo presidente da Câmara de Vereadores Wanderlei Zaire (PP) que assumiu a prefeitura na semana passada, depois que a Justiça confirmou a cassação de Nilson Areal e o do vice-prefeito Jairo Cassiano (PMN), afastados por denúncia de compra de votos nas eleições do ano passado.
No fim de semana o atual prefeito teria anunciado mudanças no secretariado. Só o secretário de Planejamento Cirleudo Alencar, que no primeiro mandato de Areal chegou a acumular as pastas da Saúde e Meio Ambiente, teria sido mantido no cargo. Também era intenção de Wanderlei Zaire manter Leuda Mendes na Ação Social, mas ela recusou, sem explicar os motivos.
Por determinação judicial, Wanderlei Zaire permanece no cargo até que novas eleições sejam realizadas em 40 dias, a contar da data da publicação da decisão do Tribunal Regional Eleitoral.
Zaire não confirma, mas estaria trabalhando ser o nome de consenso dentro da Frente Popular para concorrer. Enquanto isso, Nilson Areal tenta reverter sua situação em Brasília, onde está desde a semana passada.

Juiz manda prender Pedro Pascoal; irmão de Hildebrando foi levado ao comando da PM


Pedro Pascoal, foi preso na manhã desta segunda-feira, 28, quando se apresentava ao juiz Leandro Leri Gross, da Vara do Tribunal do Júri, do Fórum Barão do Rio Branco. Acusado de participar da morte do mecânico Agilson Firmino dos Santos, o Baiano, Pedro Pascoal -- irmão de Hildebrando Pascoal -- teria causado irritação no juiz ao pedir, pela terceira vez, o adiamento do seu julgamento, dessa vez, alegando não ter um advogado de defesa.Pedro Pascoal havia conseguido evitar ser julgado no Tribunal do Júri que se iniciou no último dia 21 e que
levou três dias, no qual o irmão, Hildebrando, foi condenado a 18 anos de prisão pelo assassinato de Baiano. Na ocasião, foram absolvidos o sargento José Alex e Adão Libório. Para não ser julgado, Pedro havia alegado problemas de saúde. Como responde em liberdade, nesta manhã de segunda-feira ele compareceu ao Fórum para alegar mais uma vez que não tinha condições de ser julgado porque não tinha advogado.Imediatamente, o juiz Leandro Leri Gross ordenou a sua prisão. Ele foi encaminhado ao Quartel do Comando Geral. O magistrado estabeleceu ainda cinco dias para que Pedro Pascoal nomeie outro advogado. Se dentro deste prazo não houver, o juiz designará um defensor público para o caso.Leandro Gross também já definiu a data de julgamento, o dia 3 de novembro. Pedro Pascoal deverá ser julgado com o primo, Aureliano Pascoal, que há época em que Baiano foi morto, era comandante da Polícia Militar. Já no dia 23 de novembro, Pedro Pascoal será julgado pela morte de Wilder Firmino, filho de Baiano, e que foi levado de casa para ser assassinado de forma bárbara, em represália ao assassinato do irmão, Itamar Pascoal, por José Hugo, que era patrão de Baiano.

Irmão de Hildebrando Pascoal será julgado hoje pelo crime da motosserra


Começa nesta segunda-feira (28), em Rio Branco, o julgamento de Pedro Pascoal, irmão do ex-deputado federal Hildebrando Pascoal. Ele também é acusado pelo assassinato do mecânico Agilson Firmino dos Santos, o "Baiano", que foi torturado e teve o corpo cortado com o uso de uma motosserra, em setembro de 1996. O episódio é conhecido como crime da motosserra. Na quarta-feira (23), depois de três dias de julgamento, Hildebrando Pascoal foi condenado a 18 anos de reclusão, em regime fechado. O corpo de jurados entendeu que o ex-deputado foi o autor do crime e não o mandante da morte, conforme alegação da defesa do réu.

Pedro Pascoal não foi julgado neste mesmo júri por alegar problemas de saúde, mas já recebeu alta. Ele havia apresentado um atestado médico, que foi investigado e comprovado por peritos do Instituto de Medicina Legal (IML) e pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) do Acre. O julgamento que começa nesta segunda-feira deve durar dois dias.

De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Acre, a morte de Agilson foi vingança do assassinato de outro irmão de Hildebrando, Itamar Pascoal. Itamar foi assassinado em um posto de gasolina, em Rio Branco, em 1996.
Agilson era motorista do homem que teria matado Itamar. Com o objetivo de localizar o assassino do irmão, Hildebrando e Pedro teriam torturado o mecânico, que morreu com os membros amputados.
Assim que o julgamento do “crime da motosserra” for concluído, Pedro também será julgado pela morte do filho de Agilson, na época com 13 anos. De acordo com a assessoria de imprensa do tribunal, o acusado pretendia que, com a morte do jovem, a família denunciasse o paradeiro do assassino de Itamar. O homem responsável pela morte do irmão Pascoal também foi assassinado.