Globo tenta anular fuso horário escolhido em referendo no Acre


A Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) ameaça recorrer à Justiça para tentar impedir a população do Acre de voltar a conviver com a hora antiga do Estado, isto é, de duas horas de diferença em relação ao horário de Brasília.No ano passado, a Justiça Eleitoral gastou mais de R$ 1 milhão com a realização de um referendo no Acre, quando os eleitores decidiram pela mudança do fuso horário. Porém, a Rede Globo e a Rede Amazônica de Televisão até agora não se conformaram com o resultado.Em outubro, durante o segundo turno, 56,87% dos eleitores rejeitaram a Lei 11.662, de autoria do então senador Tião Viana (PT-AC), que alterou o fuso horário do Acre.A pedido da Rede Globo e da Rede Amazônica de Televisão, sem consultar a população, Tião Viana extinguiu o quarto fuso horário brasileiro, de cinco horas a menos em relação ao horário de Greeenwich.O resultado do referendo foi homologado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), estava decidido a assinar Ato Declaratório reintegrando o Acre à faixa de fuso horário de Greeenwich menos cinco horas, ou seja, de duas horas a menos em relação ao horário de Brasília.Porém, por força do lobby da Abert, Sarney preferiu transferir a decisão para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e o senador Sérgio Petecão (PMN-AC) foi escolhido como relator. O relatório dele, favorável ao Ato Declaratório para fazer valer a decisão do referendo, seria votado na quarta-feira (16), mas a reunião na CCJ foi cancelada.- Nunca imaginei que esse assunto envolvesse um jogo tão pesado. Até o senador Eduardo Braga já telefonou para mim, a pedido do empresário Phelippe Daou, da Rede Amazônica - disse Petecão após receber na quinta-feira (17) representantes da Abert.As emissoras de TV consideram um Ato Declaratório frágil, do ponto de vista jurídico. Para a Abert, somente uma nova lei a ser votada pelo Congresso poderá alterar o horário atual. Para isso, sugerem que seja apresentado projeto de lei.As emissoras querem atropelar a decisão do povo e vão tentar convencer os demais senadores da CCJ a derrubarem meu parecer na próxima quarta-feira. Elas querem é impedir a qualquer custo a volta da hora antiga do Acre com um projeto de lei que pode demorar cem anos tramitando no Congresso - afirma Petecão.A Abert alega que o horário vigente foi instituído por lei ordinária que tramitou na Câmara e Senado e foi sancionada pelo presidente da República.- Nós sabemos que uma lei somente pode ser revogada por outra de igual ou superior hierarquia. No caso, o Congresso Nacional nos autorizou, através de decreto legislativo, a fazer a consulta - disse o diretor executivo da Abert, Luis Roberto Antonik, durante reunião com o relator da matéria.Autor do decreto legislativo que possibilitou a realização do referendo, o deputado Flaviano Melo (PMDB-AC), disse que “forças ocultas” de políticos que tiveram seus interesses contrariados estão atuando no Senado.- Uma nova lei poderá demorar demais e não ser aprovada. Estão desrespeitando a democracia - assinalou Melo, que esperava a hora legal do Acre pudesse se restabelecida com o fim do horário de verão no domingo (20).A movimentação política para alterar o fuso horário do Acre começou após entrar em vigor, em 2007, uma portaria do Ministério da Justiça determinando, a pedido do Ministério Público Federal, que as emissoras de TV adaptem suas transmissões aos diferentes fusos horários vigentes no País em função da classificação indicativa dos programas. As emissoras alegam que custo disso é alto, além de prejuízos com a queda de anunciantes.Tião Viana alterou o Decreto nº 2.784, de 18 de junho de 1913, da hora legal brasileira, a fim de modificar os fusos horários do Acre e de parte do Amazonas do fuso horário Greenwich “menos cinco horas” para o fuso horário Greenwich “menos quatro horas”, e da parte ocidental do Estado do Pará do fuso horário Greenwich “menos quatro horas” para o fuso horário Greenwich “menos três horas”.O Acre foi agregado ao terceiro fuso, ao qual pertenciam originalmente apenas os Estado do Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Roraima.A lei submetida a referendo tinha uma abrangência maior do que a do referendo em si, pois incluiu municípios da parte ocidental do Pará na faixa de fuso horário “GMT -3″ e excluiu municípios do Amazonas da faixa “GMT -5″.O referendo do Acre não afetou a aplicação do fuso horário nos estados do Amazonas ou Pará, onde as populações dos municípios não foram consultadas sobre a mudança.Sarney foi aconselhado pela Advocacia-geral do Senado a declarar que as disposições da Lei 11.662 deixam de ter eficácia sobre o Acre, mantendo-se o Amazonas integralmente na faixa “GMT -4″ e o Pará na faixa “GMT -3″.

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Doença rara faz britânica de 8 anos ter corpo de idosa


A britânica Ashanti Elliott-Smith, de 8 anos, sofre de uma doença que a faz ter um corpo de uma idosa. Diagnosticada com a síndrome Hutchinson-Gilford de progéria, a menina não possui cabelos, apresenta rugas e precisa de ajuda para conseguir se locomover.
A expectativa de vida da britânica é de apenas 13 anos, já que ela envelhece oito vezes mais rápido do que pessoas sem progéria. Ela sofre com problemas como artrite, fadiga e rugas pelo corpo.
Ashanti pesa apenas 12 kg e é pequena quando comparada à altura da irmã de 5 anos, Brandilouise. A família mora na Grã-Bretanha, mas precisa ir até a França duas vezes por ano para que a garota receba tratamento para evitar o endurecimento das artérias.O serviço público de saúde britânico se recusou a comprar uma cadeira de rodas elétrica adaptada para a garota por acreditar que a doença não a limitava tanto. O equipamento custa 6 mil libras, o equivalente a R$ 16,1 mil.

Um estudo de 22 anos com pessoas anormalmente baixas sugere que as mutações que causam o nanismo podem também diminuir o risco de câncer e diabetes. Na pesquisa, o biólogo celular Valter Longo, da Universidade do Sul da Califórnia, nos EUA, e o endocrinologista equatoriano Jaime Guevara-Aguirre acompanharam uma comunidade remota nas encostas dos Andes.
Nesta comunidade, há muitas pessoas com a síndrome de Laron, um defeito num gene que impede o corpo de utilizar o hormônio do crescimento (GH). Os cientistas acompanharam cerca de cem indivíduos com a síndrome e 1,6 mil de estatura normal.
Durante os 22 anos, não foi registrado nenhum caso de diabetes e apenas um de câncer – que não levou à morte – entre os anões. Em contrapartida, entre as pessoas de estatura normal, 5% tiveram diabetes e 17% sofreram de câncer. Como eles viviam no mesmo ambiente e tinham os mesmos fatores genéticos, os cientistas concluíram que o hormônio do crescimento tem suas desvantagens.

Trio é detido no Liberdade sob acusação de tráfico de drogas


Manoel Francisco Teixeira Galvão, o “Pironga” (49); Antonio Delmo Pinto, o “Cunhado” (37) e Raimundo Alves (42), o “Raimundinho”, já possuem passagens pela Justiça por envolvimento em furtos, receptação, tráfico, entre outros delitos e sempre eram soltos por falta de provas ou somente pela alegação da dependência nas drogas.
Desta vez, com o flagrante, poderão ser detidos por um bom tempo sob a acusação de tráfico de entorpecentes, já que estavam com oxidado (pedra) e pó de cocaína, além de maconha. O trio seria ouvido pelo delegado titular da mesma, Sérgio Barros, e poderão ser transferidos para o presídio na Capital nas próximas horas.
Segundo informações, esse trabalho seria a continuação que acontece desde Novembro passado, onde já resultou na prisão que quase 20 pessoas envolvidas diretamente com o tráfico local, principalmente no Bairro Liberdade, que já foi considerado o pior

Câmara derruba emendas e aprova salário mínimo de R$ 545


Com a rejeição de duas emendas que previam reajustar o salário mínimo para R$ 560 (do DEM) e R$ 600 (do PSDB), a Câmara dos Deputados aprovou integralmente, no início da madrugada desta quinta (17), o projeto de valorização do mínimo apresentado pelo governo.
Com isso, o salário mínimo, atualmente em R$ 540, passa a R$ 545. A votação foi o
primeiro grande teste da capacidade de coesão da base governista na Câmara.
Para entrar em vigor, a proposta necessita agora de
aprovação no Senado, onde a votação deve acontecer na próxima semana. Se os senadores introduzirem modificações, a proposta terá de voltar para a Câmara. Do contrário, será enviada para sanção presidencial