Um estudo de 22 anos com pessoas anormalmente baixas sugere que as mutações que causam o nanismo podem também diminuir o risco de câncer e diabetes. Na pesquisa, o biólogo celular Valter Longo, da Universidade do Sul da Califórnia, nos EUA, e o endocrinologista equatoriano Jaime Guevara-Aguirre acompanharam uma comunidade remota nas encostas dos Andes.
Nesta comunidade, há muitas pessoas com a síndrome de Laron, um defeito num gene que impede o corpo de utilizar o hormônio do crescimento (GH). Os cientistas acompanharam cerca de cem indivíduos com a síndrome e 1,6 mil de estatura normal.
Durante os 22 anos, não foi registrado nenhum caso de diabetes e apenas um de câncer – que não levou à morte – entre os anões. Em contrapartida, entre as pessoas de estatura normal, 5% tiveram diabetes e 17% sofreram de câncer. Como eles viviam no mesmo ambiente e tinham os mesmos fatores genéticos, os cientistas concluíram que o hormônio do crescimento tem suas desvantagens.

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