As duas mulheres que tiveram os bebês trocados em uma maternidade de Goiânia pretendem passar o Dia das Mães juntas, neste domingo (9). O local ainda não foi definido por elas, mas ambas disseram ao G1 que não conseguirão ficar longe dos meninos que criaram como filhos biológicos. Elas desfizeram a troca dos bebês na segunda-feira (3).
Queila dos Santos Fagundes, 22 anos, e Elaine Gomes de Oliveira, 28 anos, se tornaram amigas durante a investigação do caso. Apesar da emoção e da dificuldade de adaptação com a troca das crianças, as duas afirmaram que querem manter um convívio saudável entre as duas famílias.
Queila dos Santos Fagundes, 22 anos, e Elaine Gomes de Oliveira, 28 anos, se tornaram amigas durante a investigação do caso. Apesar da emoção e da dificuldade de adaptação com a troca das crianças, as duas afirmaram que querem manter um convívio saudável entre as duas famílias.
O que passamos é muito triste, mas Deus escolhe os melhores para passar por isso. Ao mesmo tempo que perdemos uma criança, ganhamos uma família. Estamos todos unidos pelos meninos. Meu filho não terá apenas um amigo, ele terá um irmão", disse Queila. "É como se eu tivesse tido filhos gêmeos e eles passassem algum tempo separados. Tenho duas irmãs de sangue e agora ganhei mais uma irmã [Queila]. A família só cresceu", afirmou Elaine.
As duas mães moram em cidades diferentes e a distância entre as duas casas é de aproximadamente 50 quilômetros. Queila mora em Aparecida de Goiânia (GO) e tem mais um filho, de 5 anos. Elaine mora em Terezópolis de Goiás (GO) com outros dois filhos, de 9 e 6 anos. "Não conseguiria ficar longe de uma das crianças no Dia das Mães. Seria muito triste. Hoje, só pensamos no bem-estar dos bebês", disse Elaine. "Mãe tem amor incondicional. Não preciso ser mãe biológica para amar as crianças da mesma forma e com a mesma intensidade", afirmou Queila.
Foi Queila que iniciou a investigação de DNA para apurar a possível troca das crianças. Ela lembrou da primeira data comemorativa que passou com seu filho trocado, no ano passado. "Eu papariquei muito ele no Dia das Mães. Hoje, sinto um pouco de alegria e de tristeza ao mesmo tempo, mas não tenho a sensação de ter perdido algo, de derrota. Me sinto mãe dos dois meninos."
Investigação policial
A polícia concluiu, nesta quarta-feira (5), o inquérito sobre a troca de bebês em Goiânia. Três técnicas de enfermagem do Hospital Santa Lúcia, onde ocorreu a troca, foram indiciadas por substituição de recém-nascidos. Se condenadas, elas podem pegar de dois a seis anos de reclusão.
De acordo com a delegada Adriana Sauthier Accorsi, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, após o parto, duas funcionárias não fizeram a identificação dos bebês. Na manhã seguinte, outra funcionária colocou as pulseiras aleatoriamente nos recém-nascidos e entregou as crianças às mães erradas.
Ainda segundo Adriana, uma das técnicas de enfermagem envolvidas nesta troca de bebês já respondia na Justiça por outra substituição de recém-nascidos, no mesmo hospital
Foi Queila que iniciou a investigação de DNA para apurar a possível troca das crianças. Ela lembrou da primeira data comemorativa que passou com seu filho trocado, no ano passado. "Eu papariquei muito ele no Dia das Mães. Hoje, sinto um pouco de alegria e de tristeza ao mesmo tempo, mas não tenho a sensação de ter perdido algo, de derrota. Me sinto mãe dos dois meninos."
Investigação policial
A polícia concluiu, nesta quarta-feira (5), o inquérito sobre a troca de bebês em Goiânia. Três técnicas de enfermagem do Hospital Santa Lúcia, onde ocorreu a troca, foram indiciadas por substituição de recém-nascidos. Se condenadas, elas podem pegar de dois a seis anos de reclusão.
De acordo com a delegada Adriana Sauthier Accorsi, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, após o parto, duas funcionárias não fizeram a identificação dos bebês. Na manhã seguinte, outra funcionária colocou as pulseiras aleatoriamente nos recém-nascidos e entregou as crianças às mães erradas.
Ainda segundo Adriana, uma das técnicas de enfermagem envolvidas nesta troca de bebês já respondia na Justiça por outra substituição de recém-nascidos, no mesmo hospital
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