Com uma popularidade que atinge 80%, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixa o Palácio do Planalto em 1º de janeiro de 2011, mas antes concedeu com exclusividade À GAZETA uma de suas últimas entrevistas. Lula falou sobre os investimentos feitos no Acre durante o seu governo e disse estar convencido da continuidade das ações do Governo Federal no Estado, com Dilma na Presidência. Segundo ele, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) ampliará ainda mais os recursos destinados ao Estado. Lula lembrou ainda do Programa Minha Casa, Minha Vida, que já contratou a construção de mais de 2,5 mil moradias, e das obras da BR-364, no trecho entre Sena Madureira e Cruzeiro do Sul, “um empreendimento do PAC que terá continuidade no próximo ano”.O presidente analisou os resultados das eleições no Estado e disse que “ninguém tem um desempenho tão desfavorável se está acertando”. Lula falou ainda do fator Marina Silva, da necessidade de se preservar a Amazônia e da rodovia Interoceânica. Segundo ele, a estrada será para o Brasil e, espe-cialmente para o Acre, “uma verdadeira revolução” que permitirá que o Estado “se desenvolva como nunca”.
Feliz com o trabalho realizado para desenvolver a região e criar mecanismos para o desenvolvimento sustentável, Lula garantiu que o Acre está no seu roteiro quando deixar a presidência. “O Acre esteve no nosso roteiro e estará novamente depois que eu tiver passado a faixa presidencial”. Confira abaixo a íntegra da entrevista:
A GAZETA – Mesmo que os resultados não tenham sido favoráveis à presidente Dilma Rousseff no Estado, os acreanos querem saber se ela continuará mantendo os investimentos que o Governo Federal vem fazendo no Estado. Entre outros, a conclusão do asfaltamento da BR-364 da Capital, no trecho Rio Branco, a Cruzeiro do Sul; a ligação com os países andinos (Bolívia e Peru), através da rodovia Intero-ceânica; obras do PAC em saneamento básico e moradia.Presidente Lula – Antes de mais nada, eu quero deixar claro que não tenho procuração para falar em nome da presidenta eleita. Mas pelo que eu conheço dela, estou convencido de que vai governar para todos os brasileiros, sem nenhuma discriminação. Não importa se um estado deu mais votos ao candidato adversário à Presidência ou se a população elegeu um governador pertencente a partido adversário. Ela vai levar em conta as necessidades da população e não suas preferências partidárias ou eleitorais. Essa relação republicana com estados e municípios, uma novidade na política brasileira, marcou o nosso governo, no qual ela teve participação fundamental. Temos que levar em conta também que Dilma Rousseff foi a figura central do PAC, tanto em relação à concepção quanto em relação ao gerenciamento e ao monitoramento da execução das obras. O Programa é um sucesso, criando as bases para um período duradouro de desenvolvimento sustentável. E não se abandona um filho pelo caminho – sei que as atuais ações do Governo Federal terão continuidade no próximo governo. E temos também o PAC 2, que destinará R$ 955 bilhões para obras de infra-estrutura entre 2011 e 2014 e que tem parte dos projetos já aprovados.
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