Moradores de Acrelândia invadem Câmara e promovem ‘quebra-quebra’

Populares queriam a cassação de prefeito acusado de matar vereador Pinté

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Manifestantes do lado de fora já estavam exaltados antes de começar a sessão (Foto: Adriano Mendes/TV Gazeta)
Alguns moradores de Acrelândia (80 quilômetros de Rio Branco) depredaram a Câmara de Vereadores, depois que o presidente da Mesa Diretora, Agrecino Souza (PT) resolveu encerrar a sessão antes do previsto, nesta sexta-feira, 5.

Na pauta estava o pedido de cassação do prefeito Carlinhos Araújo (PSDB), que está preso sob acusação de mandar matar o ex-presidente da Câmara, Fernando da Costa, o Pinté, no dia 1º de maio deste ano.

A sociedade civil organizada havia impetrado requerimento na Câmara, pedindo o afastamento de Carlinhos por 90 dias e sem ônus. Além de acusação de assassinato, o prefeito foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Acre, por desvios de verbas do Fundo Nacional da Educação Básica.

Ainda na leitura do requerimento, o clima começou a esquentar entre os presentes. As coisas foram piorando, quando começaram o pequeno e o grande expediente. Neste ponto, alguns parlamentares começaram se manifestar favorável ao afastamento do prefeito.

Os vereadores Jerson Mota (PT) , Djalma Oliveira (PP) , Gildésio Villas Boas (PSDB) , Jovino Caetano (PP) e Humbertino Moura (PMN) se manifestaram a favor do afastamento, conclamando a Casa a votarem por esta medida.

Mas, Agrecino Souza (PT), ao afirmar que a Câmara não “tem poderes para cassar e muito menos para afastar Carlinhos”, pediu mais uma semana para analisar a legalidade do afastamento.

Foi neste momento que populares, entres eles estudantes, passaram a vaiá-lo, o que é proibido pelo regimento interno. Indignado com o comportamento, o vereador resolveu encerrar a sessão, causando uma revolta generalizada.

Populares partiram pra cima do presidente, mas foram contidos pela polícia. Os ânimos se exaltaram e populares quebraram a vidraça da porta da Câmara. O quebra-quebra só não foi maior porque a polícia chegou a tempo e impediu.

Os demais vereadores também se revoltaram com a atitude tomada pelo presidente de encerrar a sessão subitamente.

"Isso é uma falta de respeito com a população. É uma vergonha para esta casa", declarou vereador Humbertino Moura.

Enquanto o povo protestava em frente à Câmara, o presidente saiu escoltado pela polícia, pois havia um grande risco de ele ser linchado.






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