O Tribunal de Contas da União – TCU, encaminhou ontem (segunda-feira) ao TSE a lista dos que tiveram as suas prestações de contas rejeitadas, e como tal podem ser barrados de ser candidatos com base na lei da “Ficha Limpa”.
Para que os condenados possam ser candidatos terão que conseguir uma sentença judicial que anule ou extinga as decisões do TCU para que possam registrar as suas candidaturas.
No Acre, são 92 ex-gestores públicos condenados. Entre eles os dois principais puxadores de votos do PP, o ex-prefeito de Rodrigues Alves, Francisco Wagner do Amorim, o ex-deputado José Bestene, cujo impedimentos de se candidatarem acaba com a chance do PP eleger deputados estaduais. Pega também a maior liderança da oposição, o ex-governador Flaviano Melo e o ex-prefeito Aldemir Lopes, ambos do PMDB. Do PT, atinge o ex-prefeito Francimar Fernandes. Do PTB atinge Josimar Coelho. Todos são candidatos na eleição deste ano.
A decisão, segundo entendimento do TSE, para cada caso, será do Tribunal Regional Eleitoral do Acre, que deve começar a analisar os pedidos de registros de candidaturas a partir de 5 de julho. Também são condenados por colegiados de juízes os ex-prefeitos Nilson Areal (PR), Juarez Leitão (PT), Vilseu Ferreira (PP), e a deputada Dinha Carvalho (PR). Se o TRE definir que o projeto “Ficha Limpa” pegará também os condenados pelo TCE-ACRE por rejeição de suas contas, a lista de inelegíveis no Acre deve triplicar. Mas, quem vai dar a última palavra a partir de agora é a Justiça eleitoral.
Quem diria!A oposição, que já governou o Acre, teve a maioria dos prefeitos, deputados estaduais e federais e dos senadores, quem diria: vai depender nesta eleição da performance do candidato ao governo, Antonio Gouveia (PRTB), “Tijolinho”, para conseguir levar a disputa para o segundo turno. Mais do que ser uma tragédia política, a situação é, antes de tudo, cômica.
Nada cômodaA situação do deputado federal Gladson Cameli (PP) não é nada amistosa junto aos principais dirigentes da FPA, desde o episódio que sua torcida saiu da convenção do PP após a sua fala.
Ninguém o respeitaMas, tem um componente que não pode ser deixado de lado ao se analisar seu mandato: é tratado com desdém até pelos secretários do governo, sendo assim, justa e natural sua reação.
Por que razão?O Gladson Cameli não será importante no Juruá, onde a FPA sempre foi ruim das pernas? Por que então se atacar o prefeito Wanderley Zaire (PP), seu aliado? Ou é aliado ou não é!
Em cima da mesaO prefeito Wanderley Zaire está muito passivo. Deveria vir para a Capital e dar uma coletiva detalhando a real situação da prefeitura de Sena Madureira para não ficar de vilão na história.
Nem um terçoO candidato a deputado federal Márcio Bittar (PSDB) não sabe da missa um terço do que está sendo montado para procurar brechas na sua campanha e denunciá-lo na justiça eleitoral.
Outra históriaA candidatura do Márcio Bittar (PSDB), talvez seja uma das mais organizadas para deputado federal, tem bases em todos os municípios, o que o credencia disputar a maior votação.
Festa da oposiçãoPMDB-PMN-PSDB-PTdoB-PSL-DEM fazem no próximo sábado a convenção da aliança que apoiará Tião Bocalon (PSDB) ao governo e João Correia (PMDB) e Petecão (PMN) ao Senado.
Prova de forçaQuerem dar uma prova de força lotando o espaço da antiga SABENACRE, no segundo distrito.
Sem flancosUma das vantagens do senador Tião Viana (PT) é não ter flancos que possam ser explorados pelos adversários. Numa campanha majoritária ter um perfil limpo já é uma grande vantagem.
Conversa adiantadaHá uma conversa adiantada na oposição para que saiam duas chapas para deputado estadual.
Parcela de sacrifício Pelo acordo, o PMDB não só participaria da aliança para a Câmara Federal, mas, também para a Assembléia Legislativa. Sem saída, os peemedebistas, mesmo contrários, vão ter que aceitar.
Fora do arO vereador Astério Moreira (PRP), cumprindo a legislação eleitoral, deixou seu programa na televisão e entrou de cabeça na campanha, que avança bem no Vale do Acre.
Aliança importanteEm Epitaciolândia fechou aliança com a vice-prefeita Toinha Hassem (PTN) e seu marido, o ex-vereador Jorge Hassem, acordo que deverá se estender para a próxima eleição municipal.
Fim do entraveO prefeito de Cruzeiro do Sul, Wagner Sales (PMDB), conseguiu enfim abrir licitação para comprar uma nova usina de asfalto, aposentando a atual, que mal produz para tapar buracos.
Todo um tempoTem um tempo razoável para recuperar a popularidade e chegar bem na reeleição.
Disputa bemCom a estrutura que está sendo trabalhada, se uma das partes envolvidas cumprir o acertado, a ex-governadora Iolanda Lima (PTB) disputará uma vaga na Aleac com boa chance de vitória.
Deputado federalNão será surpresa se nas próximas horas Chicão Brígido (PTB) anunciar que será candidato a deputado federal.
Não se aplicaA lei da “Ficha Limpa” não atinge os candidatos que foram condenados pelo TCE.
Fora da disputaOs ex-prefeitos Nilson Areal (PR), Juarez Leitão (PT) e Vilseu Ferreira (PP), se não conseguirem reverter até o registro das candidaturas suas condenações no TRE, estão fora da eleição.
Grande testeO prefeito de Cruzeiro do Sul, Wagner Sales, terá seu maior teste de força após a eleição, que é fazer a chapa majoritária da oposição a mais votada no seu reduto.
Leve cafunéO prefeito de Tarauacá, Wando Torquato, quem diria, não resistiu um cafuné e apoiará a chapa majoritária da FPA para o Governo e Senado.
Não é assimO que se amansa é boi brabo. O Junior Betão (PR) precisa aprender que na política não se consegue na marra, como no caso, impor que o ex-prefeito Celso Ribeiro (PR) lhe apóie.
Mais difícilE na atual chapa da FPA, se não formar boas alianças, Junior Betão (PR) corre o sério risco de não se eleger, se for levado em conta que continua uma espécie de “estranho no ninho”.
Ganha em folcloreAlguns acham que a entrada em cena da candidatura do Antonio Gouveia (PRTB), o “Tijolinho”, ao governo pela coligação PRTB-PSOL, não acrescenta nada à disputa entre a oposição e a FPA no campo majoritário. Discordo. Acrescenta em folclore e com certeza dará um toque de humor nesta campanha de final conhecido e que tinha tudo para não ter nenhuma graça. Por isso, viva o “Tijolinho”!
Luis Carlos Moreira Jorge