Marcola é julgado nesta quarta em São Paulo por morte de juiz

Está previsto para as 13h desta quarta-feira (11) o julgamento de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, suspeito de chefiar uma facção que age de dentro dos presídios paulistas e acusado de ser mandante do assassinato do juiz-corregedor Antônio José Machado Dias, ocorrido em 2003. De acordo com o Tribunal de Justiça, o julgamento ocorrerá no Fórum Criminal da Barra Funda, na Zona Oeste da capital. Procurada, a defesa do réu informou que ele não comparecerá ao julgamento. Marcola está preso em Presidente Venceslau, a 611 km de São Paulo. “Entendemos que a não vinda não intimidará os jurados”, afirmou seu advogado, Roberto Parentoni. O defensor acrescentou que conversou no último dia 20 de outubro com seu cliente e que ele nega o crime. “O Marcola está apreensivo. Tem certeza absoluta de que não foi mandante de nada.”
O réu deveria ser julgado no dia 1º de outubro. O júri, no entanto, teve de ser remarcado, já que seu advogado Parentoni se retirou do plenário após ter pedidos de adiamento da sessão negados. O acusado já foi condenado a quase 40 anos de prisão por vários roubos. Ele responde a processos decorrentes da onda de ataques a bases da PM e a policiais em 2006. Também acusado pela morte do juiz-corregedor, Júlio César Guedes de Moraes, o Julinho Carambola, foi condenado a 29 anos de prisão no dia 2 de outubro. Ele já havia sido condenado a 73 anos de prisão por roubo e três homicídios. Crime O juiz-corregedor Antônio José Machado Dias foi morto em uma emboscada, em 14 de março de 2003, quando deixava o fórum de Presidente Prudente, a 558 km de São Paulo. Ele fiscalizava o Centro de Readaptação Penitenciária (CRP) de Presidente Bernardes, apontado, na época, como o presídio mais rígido do país. O Ministério Público denunciou Marcola, Carambola e outras quatro pessoas pelo crime com base em depoimentos de outros acusados. De acordo com a Promotoria, descobriu-se que a ordem da execução do juiz foi dada por Carambola e Marcola por causa da rigidez do juiz na concessão de benefícios a presos. Ambos negam o crime.

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