Fechamento ocorre devido as eleições onde escolherão presidente da república no País vizinho
Os partidos políticos bolivianos encerraram nesta quinta-feira, 3, a campanha para as eleições do próximo domingo 06, que deverão levar às urnas cinco milhões de pessoas. O presidente Evo Morales, que é apontado como grande favorito de acordo com as últimas pesquisas, terminou sua campanha com um grande comício na cidade de El Alto, de população majoritariamente da etnia aimara e que constitui sua principal base eleitoral.
Morales tenta sua primeira reeleição, e se vencer o pleito governará o país por mais cinco anos, até janeiro de 2015.As pesquisas dão ao presidente uma vantagem de cerca de 30 pontos percentuais sobre o segundo colocado nas intenções de voto, o opositor Manfred Reyes Villa, ex-governador da região central de Cochabamba. Reyes Villa e Samuel Doria Medina escolheram hoje para o fechamento de suas campanhas a cidade de Santa Cruz, reduto da oposição.
Nesta sexta-feira e no sábado, os bolivianos terão um período de reflexão anterior à votação, após uma campanha que não contou com debates entre os candidatos. Nos últimos dias, a corrida eleitoral foi marcada por uma polêmica protagonizada pela Corte Nacional Eleitoral (CNE), que emitiu uma resolução que impede o voto de 400.671 cidadãos que foram "observados" pelo órgão e precisam apresentar certidões de nascimento para poderem ir às urnas.
Morales declarou recentemente que essas pessoas devem votar e anunciou que impugnará qualquer decisão que as impeça de participar do pleito. Ao fechar sua campanha em El Alto, Morales ratificou suas promessas de fazer com que a Bolívia avance rumo à industrialização, consiga melhorias na integração viária e reduza o preço de seus serviços de comunicação por meio de um satélite próprio. Segundo ele, os eleitores têm dois caminhos: "Apoiar a mudança" para aprofundar as reformas políticas, econômicas e sociais introduzidas durante sua gestão "ou voltar ao passado, ao neoliberalismo".
Morales também criticou os Estados Unidos e convocou seus seguidores a lutar "sem medo" contra o "imperialismo americano". Na outra frente, Reyes Villa fechou sua campanha na praça principal da cidade de Santa Cruz, após ser acusado pelo governo de planejar sua saída do país na próxima segunda-feira.Um tribunal decidiu, no começo de novembro, por causa de uma denúncia apresentada pelo Governo, hipotecar metade de seus bens, por um suposto prejuízo econômico ao departamento (região) de Cochabamba durante seu mandato, entre 2006 e 2008.
O ministro do Interior, Alfredo Rada, garantiu ter provas de que o candidato opositor havia reservado passagens para viajar aos Estados Unidos imediatamente após as eleições, o que Reyes Villa negou em declarações à imprensa. Nesta quinta-feira, Morales se referiu ao assunto e disse ter ordenado às Forças Armadas, à polícia e aos movimentos sociais para impedirem "que esses delinquentes saiam da Bolívia".
As eleições na Bolívia contarão com a presença de observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da União Europeia (UE), entre outras entidades.
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