PC do B do Acre poderá perder cerca de três mil índios filiados


No estado hoje existem pelo menos cerca de 17 mil índios, sendo que 90% são eleitores
Cerca de 10 lideranças indígenas vão protocolar nesta quinta-feira, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), pedido de desfiliação do Partido Comunista do Brasil (PC do B/AC), comandado pelo deputado Edvaldo.
Os ex-filiados, alegam que estão desmotivados com a Frente Popular, assim como a senadora Marina Silva que deixou o Partido dos Trabalhadores (PT) e migrou para o Partido Verde (PV) e, o deputado federal Henrique Afonso que também está trocando o PT pelo PV. Os indígenas dizem que não vão entrar na dança das cadeiras por uma sigla, e "querem apenas se afastar de quem não tem compromisso social com as aldeias". Algumas fichas de desfiliação foram encaminhadas para o TRE/AC, nesta quarta-feira, 30, e o partido será comunidaco oficialmente nesta quinta-feira. A lista tem caciques, pajés e outras lideranças das etnias Apurinã, Yawanawá, Shanenawá, das cidades Feijó, Boca do Acre no Amazonas estão aderindo.
O movimento de desfiliação também é uma resposta ao PC do B nacional, que por meio do seu presidente, deputado federal Aldo Rebelo (SP), manifestou-se contrário a demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol. Eles alegam que aqui no Acre, não encontraram apoio das principais lideranças do partido, referente a decisão do Superior Tribunal Federal (STF).
Segundo dados, o PC do B do Acre tem pelo menos 3 mil indígenas filiados. Os ex-comunistas dizem que agora querem eleger seus próprios parlamentares, sem interferência do homem branco. No estado hoje existem pelo menos cerca de 17 mil índios, sendo que 90% são eleitores, sem contar com as regiões do Sul do Amazonas e noroeste de Rondônia.
Francisco Costa

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