Rutemberg Crispim, do site Agazeta.net |
Ter, 09 de Novembro de 2010 15:23 |
Em 2010 já foram seis mortes por dengue e a Prefeitura teme uma epidemia com a chegada das chuvas A chegada das chuvas e a circulação de dois sorotipos simultaneamente da dengue em Rio Branco, são preocupações a mais para a Prefeitura. O acompanhamento dos casos está sendo feita semanalmente e o número de casos aumentou pelo menos três vezes em relação ao mesmo período de 2009. Como a reprodução do mosquito aedes aegypti se dá na grande maioria das vezes em ambientes domiciliares, Pascal Khalil afirma que somente com apoio da população será possível evitar uma epidemia de dengue em Rio Branco. A Prefeitura vem adotando medidas importantes para combater a proliferação do mosquito, como a compra de tampas de poliéster para fechar as caixas d'águas, além de intensificar a visita de agentes em toda cidade. As unidades de Saúde já estão preparadas para atender os casos de dengue. A expectativa é que Centro de Saúde passem a atender exclusivamente os pacientes com suspeita da doença. Mas enquanto isso, os profissionais foram capacitados para garantir um atendimento rápido e de mais qualidade para a população. "Nós estamos adotando as medidas necessárias para evitar uma epidemia. Mas sabemos que essa batalha será em vão se não contarmos com a ajuda da nossa população. A única forma eficaz de combater a dengue é eliminar os criadouros, evitando a proliferação. Precisamos da ajuda da comunidade", afirmou Khalil. Multas e ação penal De acordo com um levantamento da Prefeitura, só na Capital acreana são mais de 30 mil caixas d'água sob altos riscos de infestação de larvas do mosquito. Já foram adquiridas milhares de tampas de poliéster para fechar esses recipientes. O trabalho já começou. Mas em poucos dias a Prefeitura constatou que grande parte dos proprietários retirou a tampa e está utilizando para outros fins. Por isso, decidiu jogar duro e agir com mais rigor. "Vamos retornar às residências onde colocamos as tampas. As caixas que estiverem abertas, os moradores serão multados e vamos encaminhar o caso para o Ministério Público Estadual que vai tomar as medidas necessárias. É uma ação dura, mas necessária para evitar mais prejuízos", revelou Khalil. Mortes por dengue hemorrágica Não é por acaso que a Prefeitura e outros órgãos como o Ministério Público Estadual (MPE) decidiram jogar duro contra aqueles moradores que continuam facilitando a proliferação do mosquito aedes aegypti. Só em 2010 já foram seis mortes por dengue, sendo quatro vítimas de dengue hemorrágica e duas de dengue com complicações. No total, foram quase 100 casos de dengue hemorrágica só esse ano. "O que mais preocupa é que as pessoas ficam fragilizadas depois de pegar dengue uma vez. Por isso, nossa preocupação em combater a dengue com eficácia", explicou Pascal Khalil. Combate à dengue Algumas medidas elementares podem ser tomadas individual e coletivamente para auxiliar na erradicação do aedes aegypti: * Vasos de flores ou plantas - a vasilha que fica sob o vaso para recolher a água excedente deve ser mantida seca. Uma boa medida é enchê-la com areia até a borda. A água dos vasos com flores deve ser trocada a cada 2 ou 3 dias; * Pneus velhos - devem ser furados para eliminar a água que eventualmente se acumule, guardados em lugar coberto ou jogados fora; * Caixas d'água - devem ser lavadas periodicamente e tampadas durante todo o tempo; * Piscinas - o cloro da água das piscinas deve estar sempre no nível adequado; * Garrafas vazias - devem ser guardadas de cabeça para baixo, em lugares cobertos e as tampas jogadas fora em sacos de lixo; * Recipientes descartáveis (copos, pratos, travessas, etc.) - devem ser colocados em sacos de lixo para serem recolhidos pelos lixeiros; * Lixo - nunca deve ser jogado em terrenos baldios, ou nas ruas e calçadas. Além disso, as latas de lixo devem estar sempre tampadas e limpas; * Bebedouros de animais - precisam ser lavados e a água trocada sistematicamente; * Depósitos de água - quaisquer que sejam os tipos e a finalidade a que se destinam, se não for possível prescindir deles, devem ser mantidos limpos e tampados com segurança; * Bromélias - algumas plantas armazenam água entre suas folhas e podem tornar-se eventuais criadouros dos mosquitos. Entre elas, destacam-se as bromélias cujo cultivo é comum nos jardins e residências. Eliminá-las não resolveria o problema da dengue e poderia afetar o equilíbrio ecológico. Como é quase impossível retirar totalmente o grande volume de água que se embrenha pelas folhas, a solução é diluir uma colher de sopa de água sanitária em 1 litro de água limpa e regá-las duas vezes por semana. Esse mesmo preparado pode servir para inibir a formação de criadouros nos vasos de flores ou plantas com água. (Do site do médico Drauzio Varella) |
“População é fundamental no combate à dengue”, afirma Pascal
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