Os servidores do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes deflagraram greve por tempo indeterminado na manhã de ontem. As categorias reivindicam a reestruturação do Plano de Cargo Carreira e Remuneração (PCCR) e o arquivamento do projeto de lei 549 que congela por dez anos os salários.
Na próxima semana, os funcionários do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) realizarão uma assembléia que poderá decidir também pela paralisação por tempo indeterminado. Os servidores administrativos da superintendência regional do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) já prometeram entrar em greve por tempo indeterminado a partir do dia 13. Com isso todos os serviços públicos estarão paralisados até o governo federal aceitar negociar.
De acordo com o presidente da Associação dos Servidores do Ibama (Asibama), Francisco Missias, a fiscalização, o acompanhamento de projetos, o setor de atendimento e a área de reanálise de multas estarão fechados.
Na superintendência do MTE, os serviços de emissão de carteira, solicitação de seguro desemprego e outros benefícios sociais prometem ser prejudicados com a paralisação que atingirá todo o país. “No caso do Ibama, 15 estados já aderiram ao movimento que reivindica melhorias”, detalhou Missias.Caso os trabalhadores do Incra decidam aderir ao movimento, os projetos de assentamentos serão prejudicados.
O movimento de greve deverá atingir ainda a representação do Ministério da Agricultura, o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), a Advocacia Geral da União (AGU) e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
As categorias reivindicam ainda a criação de uma tabela salarial, melhorias funcionais, gratificações e contratação de novos servidores. “A mobilização é nacional, pois os trabalhadores estão descontentes. No caso dos servidores do MTE, eles organizaram grupos de trabalho, mas o governo federal acabou desistindo de criar o PCCR, deixando de atender a categoria”, detalhou o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais (Sindsep), Pedro Nazareno Vieira, em entrevista realizada na quarta-feira. (Freud Antunes)
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