Cassação ainda está sub judice


Nilson Areal foi cassado em agosto do ano passado pelo Tribunal Regional Eleitoral por abuso de poder econômico e suspeita de compra de votos. Ele recorreu da decisão, mas terminou sendo afastado do cargo em setembro. Com a casssação do mandato, a justiça eleitoral convocou eleições suplementares.
Marcada inicialmente, para 22 de novembro pelo Tribunal Superior Eleitoral, após a cassação de Areal a eleição foi suspensa, já que o ex-prefeito conseguiu uma liminar no Tribunal Superior Eleitoral contra a decisão do TRE do Acre. Em outubro de 2009, após análise de um novo processo contra Areal, o Tribunal do Acre o cassou novamente o prefeito e convocou novas eleições para o dia seis de dezembro.
Um dia antes do prazo para registro dos candidatos, Areal conseguiu nova liminar com efeito suspensivo do processo no Tribunal Superior Eleitoral. O caso deve ser votado pelos integrantes da corte eleitoral após o recesso forense, provavelmente em fevereiro.

Aliados do prefeito afastado Nilson Areal contestam Wanderley Zaire
Se, por um lado decidiu proclamar independência da gestão do ex-prefeito Nilson Areal e faz ameaças veladas de denunciar ações da administração na condução de convênios com o governo do Estado e governo federal, de outra parte Areal e seus aliados não demonstram disposição para sair da disputa.O principal argumento que mantém contra Zaire é o fato de que este nunca cumpriria os acordos políticos que firmou com seus aliados e ex-aliados. Um destes acordos, segundo os aliados do ex-prefeito, foi feito com vários vereadores do município, assinado e registrado em cartório e que teve como testemunha o ex-governador Jorge Viana.
Por ter descumprido o acordo e se envolvido em denúncias, à época, Zaire foi afastado do PT, partido no qual chegou a se filiar. Antes da suspensão da eleição das eleições suplementares em novembro do ano passado, um acordo político entre Areal e Zaire garantiu a indicação da esposa do ex-prefeito Leuda Mendes como candidata a vice na chapa, numa ampla composição com os partidos que integram a Frente Popular do Acre.
Acordo teve como mediados o vice-governador César Messias, o deputado federal Gladson Cameli, além de dirigentes dos partidos da FPA. Acordo este que foi desfeito no final do ano, após uma série de desavenças entre os dois grupos.
“Todo mundo sabe que o Wanderley não cumpre acordo político. Ele já fez isso várias vezes. Não só com a Frente Popular, mas até com a ex-prefeita Toinha Vieira. Dessa vez não poderia ser diferente”, disse um aliado de Areal.

Toinha nega à direção regional do PSDB acordo com Zaire
O presidente regional do PSDB no Acre, ex-prefeito de Acrelândia Tião Bocalom, questionado ontem sobre um eventual acordo do PSDB de Sena Madureira com o prefeito Wanderley Zaire sobre as eleições suplementares no município, disse que falou por telefone com a ex-prefeita Toinha Vieira e o marido dela, o ex-deputado Zé Vieira e recebeu dos dois a garantia de que não há nenhum acordo formalizado neste sentido.
“A Toinha e o Zé Vieira me deram garantias de que nenhum acordo foi firmado. Eles são amigos do Wanderley Zaire e isso é fato, mas não houve nenhuma conversa entre eles sobre as eleições”, disse Bocalom.
A Bocalom, Toinha Vieira disse que não tem mantido conversas ou reuniões com o atual prefeito do município e que o único contato que mantiveram foi por telefone, no final do ano, quando Zaire lhe ligou desejando feliz Natal e Feliz Ano Novo.
“Estes são os fatos que dispomos. Claro, há muita especulação em torno da eleição, mas da parte do PSDB, tudo continua como antes. Temos nossa candidata e vamos trabalhar para ganhar a eleição como ganhamos em Feijó”, disse Bocalom.

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