A obra de ampliação da Câmara de Vereadores de Brasiléia, iniciada no mês de dezembro, é alvo de denuncias.


A obra de ampliação da Câmara de Vereadores de Brasiléia, iniciada no mês de dezembro, é alvo de denuncias de irregularidades. Segundo o radialista Marcos Lima, da Rádio Cidade 90,1, a obra não foi licitada, apresentando várias irregularidades, inclusive na aquisição de material. "Algumas imagens e fotos feitas no interior do prédio comprovam que o cimento utilizado na construção, tem como procedência a Bolívia, entrando de forma fraudulenta, vendido por terceiros ao legislativo mirim", disse Marcos Lima.
No último domingo, 12, o deputado Fernando Melo (PT) esteve na fronteira e foi levado por um comerciante de Brasiléia, ao local da obra, onde pode comprovar as denuncias. O deputado fez fotos das pilhas de sacas da marca Viacha Estándar, cimento fabricado na Bolívia, totalmente subsidiado pelo governo boliviano, para famílias pobres.
A marca de cimento é de baixa qualidade, apresentando baixo teor de AHP [ligamento do cimento]. Esta especificação é vista como perigosa, podendo leva uma estrutura a baixo. O cimento está armazenado na copa da Câmara Municipal de Brasiléia. O município e a vizinha cidade de Epitaciolândia possuem mais de 10 empresas que trabalham, com vendas de cimento de fabricação Brasileira, mas não participaram de nenhuma tomada de preços para aquisição do insumo.
"O cimento boliviano entra no Brasil, durante a noite, lesando inclusive, o fisco que não recolhe os tributos por importação do produto. A comercialização do Viacha Estándar é feita de forma irregular por alguns comerciantes de Brasiléia e Epitaciolândia", enfatiou o radialista.
Depois das denuncias de comerciantes, que se sentiram lesados pelo procedimento, a Receita Federal e Policia Federal foram acionados, para apertar o cerco as pessoas que fazem o contrabando na fronteira.
O presidente da Câmara de Brasiléia, João Raimundo Araujo de Melo (PT), pode sofrer um processo de investigação, caso as denuncia sejam comprovadas e responder por prevaricação.

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