Turismo na aldeia




A viagem até a Aldeia Nova Esperança começa no Aeroporto Internacional de Rio Branco, onde você pega o avião para as cidades de Tarauacá ou Cruzeiro do Sul. De lá até a ponte sobre o rio Gregório, de onde partem os barcos, são cerca de duas horas de carro pela BR-364, emoldurada de verde por todos os lados. A ponte, uma imensa estrutura de concreto no meio da floresta, é um marco na viagem. Lá você para o carro e desce até a beira do rio. Ali começa outra etapa do trajeto. Com sorte você encontra tucanos, araras, macacos, tartarugas. Sorria. Você está em meio à Amazônia, numa área de terra protegida por lei e preservada. Bem vindo à selva.
O trajeto de barco pode durar até 8h, pois na época do festival, em outubro, o rio está seco e com muitos galhos de árvores no leito. Os barqueiros são experientes e cuidadosos, o que deixa o passageiro livre para se preocupar apenas com a paisagem. Preste atenção nas araras amarelas que podem sobrevoar o barco, cruzando o rio de um lado para o outro. Ao voltar da aldeia, após ouvir o canto Kanarô, você vai lembrar delas como os pássaros da saudade. É bom ir protegido com uma camisa de malha de manga longa, porque o sol pode provocar queimaduras. Não esqueça o chapéu e o protetor solar. Para os mais observadores um binóculo pode ser boa companhia para ver as aves que passam voando alto.
O rio Gregório dá muitas voltas até chegar à Aldeia Nova Esperança, a maior aldeia da TI, que abriga também outras comunidades como a Amparo e a Sete Estrelas. Uma curva do rio é inesquecível e você vai saber quando chegar até ela. Um barranco bem alto indica que você está chegando. Sua primeira visão será a dos Yawanawás dançando numa coreografia sincronizada e entoando um canto de boas-vindas. É um momento que marca o seu primeiro contato com o povo

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