delegada Maria Lúcia Barbosa Jaccoub, da 2ª Regional, assumiu o caso da menina de três anos desaparecida há 13 dias do quintal de casa, no bairro Cadeia Velha. Na ausência da titular Mardiha El-Shawa, afastada por motivos de saúde, ela foi destacada para responder pelo Núcleo de Atendimento ao Menor, onde está sendo conduzida a investigação.Uma das primeiras providências adotadas por ela foi fazer uma diligência no local da ocorrência. De acordo com a versão apresentada pela mãe, Ione Paiva, 34, ela deixou o banheiro onde estava Antônia Isabel e foi até o quarteirão onde mora pegar um sabonete. Quando retornou a criança não estava lá.Segundo a delegada, muitas pistas falsas têm sido dadas à polícia, por isso, a visita à residência da família visa esclarecer melhor as circunstâncias em que a criança desapareceu. “Não entendo como as pessoas podem brincar com um assunto tão sério”, observa Maria Lúcia, se referindo as muitas histórias criadas em torno do caso.Para colher o depoimento dos familiares a delegada vai contar com a ajuda de uma psicóloga, haja vista que a maioria deles apresenta problemas psicológicos. O irmão de 10 anos, por exemplo, que afirma que viu Antônia Isabel ser levada por dois homens, tem grande dificuldade em se expressar e precisa de um acompanhamento profissional.“O irmão de 10 anos será conduzido até o Núcleo de Atendimento ao Menor, onde com a ajuda da psicóloga será possível extrair realmente o que ele sabe. Pode ser que esta informação oferecida por ele nos leve a elucidação do caso”, diz a delegada.Dois homens que teriam sido vistos próximo à residência da menor no dia em que ela desapareceu já foram ouvidos, mas a participação deles foi descartada mediante a confirmação de que estavam em um salão cortando o cabelo no momento do ocorrido. Além dos familiares, outros depoimentos também devem ser colhidos no decorrer desta semana.Um detalhe importante neste caso, é que a menina tem dificuldade para caminhar e não fala direito, o que reforça a hipótese de que ela realmente tenha sido levada do local. A polícia também averigua a possibilidade de uma possível vingança, uma vez que um tio da garotinha teria sido o responsável pela morte de um detento dentro do presídio estadual há cerca de sete anos.“Todas as possibilidade estão sendo investigadas. A nossa preocupação no momento é saber o que aconteceu com essa criança”, garantiu.
“Queria encontrar pelo menos os ossinhos da minha netinha”, diz avó desesperadaNo quarteirão de onde a criança desapareceu o clima é de revolta. Ao mesmo tempo em que acusam a polícia de abandonar o caso, familiares da menina se demonstram convencidos de que o pior aconteceu. "Queria encontrar pelo menos os ossinhos da minha netinha”, diz a avô Maria das Graças Ferreira Paiva.A mãe, Ione Paiva, acusa a polícia te ter abandonado o caso, por entender que a menina caiu no rio. “Eu não sei por que essa discriminação com o caso da minha filha. Será que é porque nós somos pobres. No caso daquele professor estava todo mundo empenhado”, desabafa.
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