Sanderson Moura promete surpresas no tribunal

Advogado de defesa do ex-deputado federal Hildebrando Pascoal no “caso da motosserra”, o criminalista Sanderson Moura promete muitas surpresas para o julgamento que está marcado para acontecer no próximo dia 21, no Tribunal do Juri. O profissional revela que está acertando os últimos detalhes para a defesa do réu e se diz otimista com a possibilidade de seu cliente ser considerado inocente.
“A possibilidade tanto de condenação como de absolvição é de 50%, o que significa que as chances de meu cliente ser considerado inocente são grandes. Além disso, tenho trabalhado para uma tese vitoriosa, baseada em provas”, declara o criminalista.
Quanto às surpresas, Sanderson afirma que elas irão surgir no momento em que a defesa estiver fazendo o uso da palavra. “O próprio Hildebrando também irá auxiliar bastante nesse trabalho quando for interrogado. Estou completamente convencido da tese que irei apresentar aos jurados, só não posso adiantar a estratégia”, acrescenta.
O criminalista aproveitou a oportunidade para criticar a ação do Ministério Público Estadual, que impetrou um mandado de segurança com pedido de liminar contra a decisão do juiz Leandro Leri Gross, que estendeu o prazo de defesa dos acusados de envolvimento no “crime da motosserra”.
“Alguns membros do MPE mostram imaturidade com esse pedido, já que um promotor maduro conhece muito bem e sabe que toda pessoa tem que ter direito a uma ampla defesa. No meu entendimento, esse mandado de segurança significa infantilidade, medo, ou as duas coisas. Esperamos que o Tribunal de Justiça mantenha a decisão do juiz”, enfatiza Moura.
Ele argumenta que o trabalho feito pela defesa de Hildebrando não tem a intenção de denegrir ninguém, muito menos manchar a imagem de qualquer instituição. “Estamos desenvolvendo um trabalho sério, maduro e consciente, tudo com muita responsabilidade. A acusação pode se preparar para muitas surpresas”, ressalta o criminalista.
Sanderson também fez questão de se posicionar contra um possível adiamento do julgamento. “O momento certo para o julgamento é esse e exigimos que ele seja realizado”, frisou.
Com relação à polêmica que se criou por conta da restrição do trabalho da imprensa no julgamento, o advogado entende que parte da mídia divulgou reportagens exageradas sobre o caso (talvez por manipulação de adversários de Hildebrando Pascoal) e que o momento agora é de toda a verdade ser restabelecida. “As pessoas querem ouvir o Hildebrando. Esse é o sentimento da sociedade, e nada mais justo que a imprensa possa apresentar tudo o que acontecerá dentro do Tribunal”, destacou Moura.
A previsão é de que o julgamento dos envolvidos no “Caso Baiano” tenha início no dia 21 e se estenda por pelo menos três dias no Tribunal do Juri. O Tribunal de Justiça está cadastrando as pessoas que pretendem assistir ao julgamento. Até ontem, mais de 80 pessoas já haviam se candidatado para ocupar os poucos lugares disponíveis. No próximo dia 16 irá acontecer o sorteio das vagas por meio de audiência pública.

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