Novos indícios de ilegalidades na AME; recursos da Câmara desapareceram


As denúncias estão ficando cada vez mais graves para Natalício Braga, presidente da Associação dos Militares do Estado do Acre (AME) e já respingou na Câmara de Vereadores. A descoberta agora é a de que o vereador Sargento Vieira (PHS) estava usando recurso destinado a pagamento de assessores para criar um fundo de ajuda para a Polícia Militar. Só que esse dinheiro pode ter sido usado para comprar um caminhão.
Natalício Braga recebia recursos de Sargento Vieira, para fundo de auxílio médico, mas não teria prestado conta (Montagem sobre foto: Adaildo Neto/Agazeta.net)
O vereador Sargento Vieira disse que não sabe se o dinheiro serviu para comprar uma caçamba que está alugada para o governo, mas o repasse que chegou até Braga desde a sua posse desapareceu. O vereador teria criado assessores fantasmas para pegar os recursos que eram de R$ 7,2 mil. Cabia a AME colocar esse dinheiro: mais de R$ 150 mil num fundo de ajuda para militares que precisassem de ajuda médica. No entanto, ninguém foi beneficiado.“O fundo existiu realmente para ajudar a entidade, mas dentro da legalidade e agora eu também tenho interesse de saber onde está o dinheiro”, afirmou. A denúncia contra Natalício Braga levantou outro tema. A verba da Câmara destinada ao pagamento de servidores pode ser usada para outros fins? Na próxima semana o assunto vai virar tema de discussão da Mesa Diretora, e quem sabe, provocar o Ministério Público para saber se outros parlamentares estão fazendo o uso correto da verba de gabinete.TV Gazeta é impedida de acompanhar reuniãoA prece, no início da assembleia dos policiais, durou até Natalício Braga abrir o olho. Quando o presidente da Associação dos Militares do Estado do Acre viu a câmera da reportagem, nosso cinegrafista foi impedido de fazer as imagens da reunião.A assembleia era justamente para o presidente explicar como ele conseguiu gastar em 12 dias 611 litros de combustível com uma camionete, o único veículo da Associação. Documentos levantados pelo Conselho Deliberativo da própria AME apontam que o carro não saiu de Rio Branco e que por isso não se justifica tanto consumo. De uma só vez, a camionete foi abastecida com 150 litros de diesel, mas o tanque comporta no máximo 70 litros. Natalício se explicou a portas fechadas. Um grupo de sócios da Associação queria seu afastamento de imediato, mas os conselhos Fiscal e Deliberativo voltam a se reunir e vão fazer um levantamento de todas as contas da AME. Se comprovada a fraude, Natalício será afastado e responsabilizado judicialmente.

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