Quase cinqüenta mortes já foram registradas pelo IDAF (Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal) no rebanho bovino de Mâncio Lima, as características são de uma doença nervosa. Os animais têm uma espécie de paralisia e morrem num prazo de 72 horas após o aparecimento dos sintomas.
Na propriedade do criador Wildsson Gadelha Siqueira (foto) já morreram 18 animais, ele lamenta a baixa no pequeno rebanho. "É uma tristeza a gente se encontrar numa situação dessas, quando começou não podíamos fazer nada, não sabíamos o que estava acontecendo, ainda começamos a aplicar alguns medicamentos, mas não dava jeito", comenta. As mortes na fazenda foram comunicadas ao IDAF, uma equipe esteve na propriedade vacinando os animais, com isso as mortes cessaram.
Segundo o veterinário do IDAF, Luiz Leite, a doença que provoca as mortes tem características de paralisia flácida e acredita que falta de sal mineral e a presença de carcaças nos córregos do pasto e ausência de vacinação adequada do rebanho contribuem para a doença com grandes possibilidades de ser botulismo. "Os proprietários que obedecem as recomendações passadas, a gente observa que estabiliza o quadro", explica o veterinário.
No ano passado, também houve um surto da doença que ainda é um mistério. Seu Tomé da Silva morador do Ramal do Banho, ainda trabalha duro para recuperar o prejuízo sofrido por sua família quando 62 vacas morreram em sua propriedade. "Eu ainda estou tonto até hoje do prejuízo que tomei", diz o pequeno pecuarista que está torcendo, para o mal não atingir novamente seu gado.
O veterinário do IDAF, disse que no ano passado não foi possível ter um diagnóstico da doença, já que o material colhido nos animais mortos estragou antes de chegara a Belém (PA) para ser analisado. Desta vez os exames serão realizados no recém implantado laboratório da Ufac (Universidade Federal do Acre) em Rio Branco.
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