Produtores rurais protestam e fecham BR-364 por cinco horas


A única alternativa encontrada por moradores do ramal do Ouro, localizado na BR-364, para receber a atenção do governo do Estado foi bloquear o quilômetro 100 da estrada que liga Rio Branco ao município de Sena Madureira. O protesto que ocorreu nesta segunda-feira, dia 10, tinha como objetivo a reivindicação de melhorias de infraestrutura na região. De acordo com o presidente da Associação de Produtores Rurais, Valdenizo Rêgo, há pelo menos sete anos ele e as 200 famílias que vivem na região pedem melhorias de infraestrutura no local, mas nada foi feito.“O que nós queremos é apenas que eles nos forneçam condições para escoar nossa produção. Queremos melhorias nos ramais para continuar trabalhando e ajudando no crescimento desse Estado”, clamou Valdenizo.Segundo ele, os moradores também querem a titulação da terra e a implantação do projeto Luz para Todos do governo federal.“Só estamos em busca de condições para trabalhar e sobreviver. Aqui nós produzimos cana-de-açúcar, café, banana, arroz, milho e feijão, mas muita gente está ficando desestimulado porque não tem como vender o que produz”, ressaltou o representante dos produtores.De acordo com os moradores da região, a falta de infraestrutura do ramal não traz problemas apenas para o escoamento da produção. Eles informam que até para transportar as pessoas que adoecem no local é um problema.“Nós precisamos colocar as pessoas doentes em redes, porque nenhum veículo consegue entrar para ajudar. Muita gente sofre com isso, porque além de suportar as dores, é preciso suportar o transporte dentro de uma rede”, conta Valdenizo.
Caminhões paradosPor volta das 15 horas, o local já apresentava 4 quilômetros de veículos parados ao longo da pista. A maior parte levava produtos para os municípios de Feijó, Tarauacá e Cruzeiro do Sul.Os caminhoneiros que estavam parados ao longo da rodovia disseram que entendiam a reivindicação dos produtores rurais e que a única opção que restava era aguardar a reabertura da estrada.“Eles estão tranqüilos e nós vemos que eles querem apenas trabalhar. Eles nos explicaram o que está acontecendo e nos pediram para esperarmos aqui. Nosso único problema é que temos prazo para entregar a carga”, disse um caminhoneiro.
Outro transportador que seguia para o Juruá com um carregamento de refrigerantes decidiu retornar para Rio Branco porque disse que o bloqueio não teria hora para terminar.

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