Queimadas já causam transtornos no Juruá .


Bastaram poucos dias de sol neste início de verão amazônico, para a poluição do ar provocada pelas queimadas urbanas e rurais, afetar os moradores de Cruzeiro do Sul e municípios vizinhos. Na Avenida Mâncio Lima, fotografada no finalzinho de tarde, os motoristas e pedestres que realizam atividades físicas têm poucos metros de visibilidade com a nuvem de fumaça que se forma em decorrência das queimadas.
Neste período, muitas pessoas aproveitam a estiagem para queimar matos e entulhos acumulados no período chuvoso. Em algumas comunidades rurais começam também a queima dos roçados, método utilizado para preparar a terra para o plantio. As fumaças tanto de queimadas urbanas como das áreas rurais se acumulam sobre a região provocando diversos prejuízos. O pior deles são as doenças respiratórias que atingem com mais intensidade crianças e idsosos. Hospitais e centros de saúde já começam a atender os primeiros casos.
A atenção fica redobrada também para o risco de incêndios. A vegetação seca facilita a propagação do fogo que pode ser provocado até por uma ponta de cigarro acesa.
O Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC), está realizando um planejamento em parceria com o Ibama e Ministério Público Estadual, para um trabalho de conscientização e educação dos moradores. Entre as atividades serão realizadas palestras em escolas e associações, onde estudantes e moradores serão orientados para uma destinação correta do lixo. Isaac Ibernon gerente local do Imac, aposta no trabalho educativo. Segundo ele, nos últimos dois anos, houve resposta da população que contribuiu com o meio ambiente evitando as queimadas.
Algumas pessoas chegaram a ser notificadas, mas não foi necessária a aplicação da multa que custa em média R$ 500. Isaac Ibernon pede a colaboração da população realizando denúncias que permitem a atuação dos órgãos e aconselha os moradores para evitar de queimar os entulhos que devem ser depositados nas caixas coletoras de lixo.

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