Sem Governo da Floresta, Feijó realiza o maior Festival do Açaí de todos os tempos

Sem Governo da Floresta, Feijó realiza o maior Festival do Açaí de todos os tempos

Caravanas de todos os municípios do estado estiveram em Feijó durante as quatro noites do Festival do Açaí. Até escolas foram utilizadas para abrigar os visitantes. Com o sucesso da festa, muitos empresários já planejam investimentos na construção de novos hotéis.

Nesta segunda-feira é grande o movimento de veículos na BR-364 saindo de Feijó em direção a Cruzeiro do Sul e Rio Branco na volta pra casa dos participantes do Festival do Açaí, que se confirma como o segundo maior evento do Acre. Milhares de pessoas assistiram na noite desse domingo (15) o Show do Grupo KLB que é uma das maiores atrações da música nacional na atualidade. Na noite de sábado aconteceu a apresentação do Grupo Calcinha Presta, na noite gospel de sexta-feira o show ficou por conta do Grupo Trazendo a Arca e o Grupo Thê Garotos abriu o festival. O festival de praia no Rio Envira também foi atração.
Essa foi à edição do Festival do Açaí com a maior média de público, a avaliação não é apenas da organização do evento, mas dos moradores da cidade e pessoas antigas como catraieiros que trabalham na travessia de veículos no Rio Envira. A maior estrutura já montada para o festival começa a ser desfeita nessa segunda-feira.
O evento que teve a organização exclusiva da Prefeitura de Feijó tirou público do Novenário de Cruzeiro do Sul que teve um grande investimento do Governo do Estado tanto na organização como na contratação do cantor e padre Antônio Maria.
Esse é o primeiro Festival do Açaí na administração do prefeito Dindin Ferreira que pertence ao PSDB e que não teve ajuda do Governo. A simplicidade do prefeito que pessoalmente recepcionou centenas de visitantes causou admiração aos artistas e demais participantes da festa. “Me sinto empolgado e muito feliz porque o evento correspondeu aquilo que planejamos. Não tivemos ajuda do Governo do Estado, Feijó foi excluído do mapa do Acre pelo governo, mas ainda fazemos parte do Brasil. Esperamos que ele cuide das escolas, da segurança pública e não peça remédio para o hospital e dependa da gente para concertar viaturas da Polícia Militar. Deus está no meio dessa administração e ninguém vai precisar do governo não. Bancamos todo festival e no final do mês está garantido o pagamento de todos os fornecedores e dos funcionários. O Governo do Acre precisa fazer que nem a ONU divulgar as sanções que são impostas”, comenta.
Geração de Renda
O aquecimento do comércio em Feijó iniciou semanas antes de começar o festival. Além dos hotéis lotados, o comércio passou funcionar com horários mais prolongados para atender o fluxo de clientes. Durante as noites do festival, muitos negócios foram realizados nos estandes montados pelas empresas e instituições financeiras.
Segundo o presidente da Associação Comercial de Feijó, Abné Abdala, a venda de carne bovina aumentou consideravelmente, já que os visitantes aproveitaram o preço mais em conta para levar carne para as suas respectivas cidades. O que também teve muita saída foram produtos derivados do açaí, além de artesanatos e móveis.
Cancelamento do Rodeio
A falta de um laudo que o Corpo de Bombeiros deveria emitir sobre a segurança da estrutura da arena de rodeios, impediu a realização da competição. De acordo com João Viana que cuidava da organização do rodeio, a estrutura feita em madeira maciça foi montada com a orientação de um engenheiro e afirma que com quatros dias de antecipação fez o pedido ao Corpo de Bombeiros para fazer a vistoria, o que não aconteceu.
João Viana disse que tudo se deve a falta de um atendimento do Corpo de Bombeiros na cidade, já que o município de Feijó depende da atuação do Quartel de Cruzeiro do Sul que fica a mais de 300 quilômetros de distancia.
Para ter corpo de Bombeiros durante o evento atendendo uma das exigências de segurança, o prefeito Dindin Ferreira conta que a Prefeitura teve que bancar o transporte dos militares. “Trouxemos porque é uma questão legal de segurança, mas se houver um incêndio os bombeiros serão obrigados a apagar fogo com as mãos porque o governo não oferece condições”, comenta o prefeito.
O corrêncais
Apesar do grande número de pessoas, o clima de muita tranqüilidade marcou o Festival. Além dos seguranças particulares contratados pela Prefeitura, a Polícia Militar recebeu reforço de 24 homens de Rio Branco, Cruzeiro do Sul e outros municípios, segundo informou o capitão Estephan Barbary comandante da Polícia Militar de Feijó. Apesar do elevado número de veículos também não foram registrados acidentes de trânsito com vítimas.









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