Ex presidiário invade residência e faz cinco pessoas reféns

Ex presidiário invade residência e faz cinco pessoas reféns
Júlio César tinha a intenção de roubar três videogames (Playstation) de uma Locadora que funciona no Mercado Elias Mansour. Ele invadiu a residência no bairro Cadeia Velha porque sabia que era a casa de um funcionário da Locadora.
Após render as cinco pessoas que estavam na residência Júlio César obrigou o funcionário da Locadora de Videogames (não teve nome revelado) ir até o estabelecimento pegar os aparelhos sob ameaça de matar a família do funcionário.
Ao ser liberado pelo assaltante para pegar os aparelhos na Locadora, o funcionário ligou para o Ciosp informando o que estava acontecendo em sua casa.
Imediatamente várias equipes de policiais civis e militares foram deslocadas para o endereço e cercaram a casa onde estava o assaltante e os reféns.
Momentos de tensão durante negociação da polícia com o criminoso
As ruas próximas à residência foram isoladas e por mais de três horas a polícia negociou com o assaltante pedindo que ele libertasse os reféns e se entregasse.
O Comandante geral da polícia Militar, Coronel Romário Célio e o subcomandante coronel Paulo César comandaram a operação de negociação com o assaltante, considerado uma pessoa perigosa com quatro passagens pelo Presídio: duas por assalto (roubo), outra por furto e uma por tráfico de drogas.
Com o histórico de crimes a negociação ficou tensa, principalmente, por que o criminoso estava armado de escopeta e com reféns dentro de uma residência, onde ele tinha melhor visibilidade da policia.
Nas primeiras duas horas o assaltante relutou aos apelos dos oficiais da Polícia Militar responsáveis pelo gerenciamento das negociações.
Passadas duas horas de tensão, o criminoso deu o primeiro sinal de abertura para negociação, quando de dentro da residência, ele fez a primeira exigência para libertar um refém.
O assaltante exigiu a presença de um advogado no local para que ele libertasse um refém.
Segundo informações do Comandante da PM, Coronel Romário Célio, o assaltante repetiu diversas vezes que não queria voltar para o Presídio.
“Sabíamos que o assaltante estava armado e nervoso. Diante desta situação optou-se pelo uso da técnica de paciência para mantê-lo calmo. Nossa ação foi pautada por técnicas de gerenciamento de crise, pela paciência e extremo cuidado objetivando manter a integridade física das vítimas e do criminoso,” afirmou o comandante Célio.
E foi através do diálogo moderado e paciente que os militares conseguiram ganhar a confiança do acusado que pediu a presença de seu pai.Enquanto os negociadores mantinham a atenção do assaltante, outros policiais conseguiram localizar o pai de Júlio César.
Ao avistar a presença de seu pai no local, Júlio César decidiu libertar os reféns e se entregar aos negociadores.
Reféns revelam humilhação e medo que passaram nas mãos de assaltante
Segundo informações de José Rodrigues, pai do funcionário da Locadora e proprietário da residência invadida pelo assaltante, ele e a família passaram momentos de medo e humilhação nas mãos de Júlio César.
“Por várias vezes ele apontava a arma contra a cabeça dos reféns e ameaçava atirar. Fui humilhado na frente da minha família e não podia dizer nada com medo de deixá-lo mais nervoso do que estava. O pior sentimento que um homem pode sentir é o de impotência ao ver sua família ameaçada de morte e não poder reagir,” afirmou Rodrigues.
Após se entregar aos policiais militares, o assaltante foi encaminhado à Defla.
Na delegacia Júlio César afirmou que não tinha intenção de matar ou ferir os reféns. Ele alegou que invadiu a residência para provar ao dono da Locadora que era mesmo ladrão.
“Eu nunca roubei nada daquela Locadora, e um dia, o Edi Carlos dono da Locadora me chamou de ladrão, sem eu ter roubado nada dele, eu estava totalmente inocente. Fiquei com raiva dele e resolvi provar que sou mesmo ladrão, para nunca mais ele acusar ninguém sem provas,” alegou Júlio César. LENILDA CAVALCANTE

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