Navio Montenegro pode ficar até o próximo inverno encalhado

a navegação do navio que leva as equipes de médicos da Marinha.O navio Hospital Dr. Montenegro, que realiza atendimentos de saúde nas regiões ribeirinhas do rio Juruá, está há duas semanas encalhado próximo ao Seringal Oriente, no município de Marechal Thaumaturgo. O rio que estava cheio, começou a baixar e impossibilitou
Sem data para o retorno, o navio que iria retornar para Manaus e passar por reformas, ao passar por uma curva tocou em um barranco e perdeu a direção, fazendo um dos seus motores parar de funcionar. A embarcação foi levada para uma margem e mergulhadores fizeram uma avaliação para ver o que tinha acontecido. Mas, não foi possível retirar o navio de um banco de areia.
Segundo o Comandante Gleiber, do Navio Montenegro, o nível do rio foi baixando absurdamente. “Para que se tenha uma idéia, no dia 14 de abril aqui na régua de Marechal Thaumaturgo foi o nível mais baixo desde o dia 1° de janeiro desse ano. Então a leitura da régua de Marechal Thaumaturgo foi leitura mais baixa e imagino que hoje tenha sido mais baixo ainda, que o rio ta descendo mais lentamente, está bem seco aqui. Eu converso muito com o pessoal da região, eles dizem que isso aqui parece é época de verão, o rio fica no estagio que ele ta agora somente na época de verão, que é lá pra julho, agosto, setembro que é quando o rio desce completamente”.
Na época de verão o rio baixa e apenas canoas pequenas conseguem navegar nesse trecho. Para que o navio possa retornar a Manaus será preciso que o rio suba cerca de quatro metros. Ainda de acordo com o Comandante Gleiber o abastecimento do navio está sendo feito através da natureza. “Nós estamos sobrevivendo literalmente da natureza. Nós temos adquiridos alguns gêneros, nós temos abastecido o navio com água potável, aqui embaixo tem um local chamado Seringal Oriente que ali tem uma fonte de água mineral que a gente sempre abastece dessa água, apesar de está difícil até para a lancha navegar porque o rio está muito baixo, mas nós estamos na medida do possível sobrevivendo muito bem”.
As danificações sofridas pelo navio foram recuperadas e os tripulantes só esperam chuva para que o nível de água do rio suba “Teve danificação, mas tudo foi recuperado por incrível que pareça essa estiagem que deu aqui isso nos facilitou. Terminamos ontem o reparo da hélice, da gaiola de proteção da hélice, do leme então o navio está pronto só esperando a vontade de Deus, peço que todos orem por nós para que Deus mande abrir as torneiras, as cabeceiras e agente volte com segurança” – disse o comandante.
As localidades que não foram atendidas, não terão atendimento no retorno do navio por causa dessa situação. “Nós atendemos algumas localidades ali, porém outras ficaram faltando porque agente passou por elas na parte da noite, na madrugada, então essas comunidades nós atenderíamos na descida só que conforme essa situação que ocorreu, eu vejo como não muito adequado agente realizar esse atendimento porque nós temos compromisso também com o navio lá em Manaus. Temos que levar o navio para a manutenção que já foi estabelecido o período de manutenção pela Marinha, de julho para agosto, então nós temos esses compromissos de levar o navio até lá e, se Deus quiser, nós vamos levar” – afirma.
O navio Montenegro atendeu mais de 17 mil pessoas e foram feitas 40 mil procedimentos de saúde. “Eu avalio o atendimento a população como uma coisa maravilhosa, nós trazermos para cá profissionais de saúde jovens muito bem formados, e uma estrutura dessas que é um navio, com tudo que a gente tem ai, consultórios odontológicos, gabinetes de raios-X, exames laboratoriais.
Trazer toda essa estrutura de saúde para cá, isso é maravilhoso, nós na medida do possível, fizemos isso muito bem, eu acho que esse episódio marca. Eu gostaria de registrar que as pessoas do Acre entendessem e que vissem que a Marinha do Brasil tem uma vontade muito grande de realizar esse trabalho de uma maneira muito bem feita, então esse momento aqui esse episódio, esse fato ele concretiza exatamente isso a vontade que nós temos de fazer a coisa muito bem feita”

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