Cerca de 60% dos casarões tombados em Paraitinga estão destruídos, diz prefeitura


Cerca de 60% dos casarões tombados no centro histórico de São Luís do Paraitinga, a 182 km de São Paulo, foram comprometidos pelas fortes chuvas que alagaram a cidade no dia 1º de janeiro, segundo informou nesta segunda-feira (4) o diretor de turismo do município, Eduardo de Oliveira Coelho. De acordo com ele, o número ainda é uma estimativa e só poderá ser confirmado após uma análise final da Defesa Civil. "Pelo menos 20 casas importantes desabaram no centro histórico, que teve 60% dos seus imóveis comprometidos", disse o diretor de turismo.
De acordo com o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat), o centro histórico de São Luís do Paraitinga é constituído por 171 grandes sobrados do século 19 e por 262 casas populares. De acordo com a Prefeitura de Paraitinga, essa foi a área mais atingida pelas chuvas.
Tombada em 1982, a Capela Nossa Senhora das Mercês, construída provavelmente no final do século 18 e inaugurada oficialmente em 1814, foi totalmente destruída pela chuva. A "Casa de Oswaldo Cruz," onde o médico sanitarista nasceu, em 1872, não foi afetada pela enchente. Também na lista de imóveis tombados pelo Condephaat, o sobrado da Praça Oswaldo Cruz, ocupado pela Prefeitura Municipal, desabou parcialmente.

Cartão postal da cidade, a igreja matriz, que tinha mais de 200 anos, também ficou destruída.
A Prefeitura de São Luís do Paraitinga calcula que serão necessários R$ 100 milhões para reconstruir a cidade, além dos prejuizos causados pela enchente e desabamentos.

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