Investigadores da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam) prenderam neste sábado (4) três pessoas acusadas de matarem e depois queimaram, dentro da própria casa, a idosa Maria Conceição Lima da Silva, 66 anos. O incêndio criminoso ocorreu por volta de 15 horas do dia 28 de maio, no km 04 da Estrada Aquiles Peret.
O crime com requintes de perversidade foi praticado pelos adultos Eliano Barroso de Souza, 21 anos, Deibson Cabral Nascimento, 18 anos, o Tatu, e um menor de 15 anos (irmão de Eliano). Durante a prisão, decretada pela Justiça, Tatu tentou reagir, sendo necessário o uso da força moderada para contê-lo.
Ousado, Tatu avançou contra um investigador com o propósito de tomar-lhe a arma, mas acabou dominado pela equipe da delegada Maria Lúcia Jaccoud. Algemado ele foi colocado na viatura da polícia, posteriormente conduzido à sede da Deam.
Na delegacia, todos prestaram depoimento fornecendo detalhes do crime. Durante 30 dias policiais comandados pelo escrivão barros e pela delegada Lúcia Jaccou, trabalharam no monitoramento dos acusados. No curso das investigações a polícia descobriu que os acusados mataram Maria Conceição para roubar dinheiro.
Os infratores tinham a informação que a vítima guardava certa quantia em dinheiro em casa. Tatu que viveu boa parte da adolescência na residência da idosa era quem a firmava haver dinheiro. Então, em comunhão de designo os dois cúmplices, decidiram matar a vítima para roubar.
A polícia apurou que no dia do crime os assassinos chegaram à residência de Maria Conceição pelos fundos as casa. Ele ouviu barulho e saiu para averiguar. Maria avistou os acusados e ainda teria reagido, atirou na direção dos assassinos que a perseguiram dominando-a em uma cerca de arame liso.
Dominada, Maria foi colada em um cômodo da casa e agredida para confessar onde estava o dinheiro, que os ladrões procuravam. Enquanto revirava a casa da vítima Eliano encontrou um jogo de talheres de metal polido, pensou se tratar de ouro, e levou os talheres que na realidade são de bronze comum.
Certo de que tinham pegado boa quantia em ouro e já de posse da espingarda da vítima, atiraram contra a mesma, que morreu sem chance de defesa. Para simular um acidente os assassinos compraram um corote de gasolina, cerca de 20 litros, espalharam pelo interior da casa e atearam fogo, causando o incêndio que deixou o corpo da vítima carbonizado.
O menor será encaminhado ao Juizado da Infância e Juventude, para às medidas sócio-educativa. Os adultos serão recolhidos ao presídio do Estado.
A Polícia Civil colocou na cadeia os autores de um crime bárbaro que causou grande comoção social. Apesar da complexidade do evento criminoso em 30 dias com base em provas cabais, Lucia Joccoud pediu e a Justiça decretou a prisão preventiva dos envolvidos.
Durante o depoimento o menor disse que ficou com a espingarda da vítima que a vendeu por R$ 150 para um amigo (nome não mencionado pela polícia) para não atrapalhar as investigações. A prisão dos acusados teve o empenho pessoal e continuo da delegada Lucia Jaccoud e do escrivão Barros, que trabalharam dia e noite para colher as provas irrefutáveis que resultaram na prisão do trio.
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