A nova tática dos traficantes do Juruá.


Um teste realizado por policiais federais da delegacia de Cruzeiro do Sul, comprovou que quase metade do produto contido em uma embalagem que estava sendo despachada como farinha de mandioca, na Agência dos Correios do município de Guajará (AM), era pasta-base de cocaína. A descoberta traz a tona um novo método dos traficantes que utilizam a farinha de Cruzeiro do Sul, como disfarce para enviar droga a várias regiões do Brasil. Diferente de todas as apreensões já realizadas, quando volumes são identificados em meio à farinha, a droga desta vez foi diluída junto ao derivado da mandioca, apresentando apenas fragmentos amarelados. A identificação só foi possível por meio de um reagente químico, que deixou clara a presença do entorpecente. Através de uma denúncia anônima, a Polícia Militar do Amazonas identificou o produto na agência dos Correios e acionou a Polícia Federal. O destino da cocaína e o nome do remetente ainda estão sendo investigados. Com a intensa fiscalização realizada nas Balsas, que saem com farinha de Cruzeiro do Sul, a Polícia Federal acredita que este seja um método alternativo utilizado pelos traficantes. A pasta-base de cocaína dentro das embalagens de farinha como se farinha fosse, fica quase impossível a identificação já que algumas embarcações saem de Cruzeiro do Sul com milhares de sacos, cada embalagem pesando 50 quilos. Durante a semana passada uma operação da Polícia Federal durou cerca de quatro dias no Porto de Cruzeiro do Sul, duas embarcações carregadas de farinha foram inspecionadas. Além dos policiais federais, estivadores foram contratados para remover os sacos de farinha, mas não houve apreensões.

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